O trânsito está parado no Centro da cidade Campina Grande, agora pela manhã (26). Um grupo de aproximadamente 300 mototaxistas clandestinos está realizando uma manifestação em frente a Prefeitura Municipal de Campina Grande. Eles protestam contra uma operação de combate ao transporte clandestino, que está em execução na cidade, e reivindicam novas vagas para mototaxistas.
Neste momento algumas guarnições da Polícia Militar estão no local tentando negociar com os manifestantes. Os policiais pediram que o grupo liberasse uma das faixas da avenida para diminuir o grande congestionamento que se forma, mas os mototaxistas estão mantendo a via bloqueada.
O manifesto está acontecendo na avenida Floriano Peixoto e os motociclistas fecharam as duas vias da avenida com motos. Segundo o mototaxista Gerailton Santos Silva, 36 anos, que trabalha há 6 anos clandestinamente, as multas estão sendo diárias e durantes as blitzen as moto estão apreendidas.
Apesar de reconhecer a intenção do órgão, Gerailton destaca a necessidade do trabalho. “Nós não estamos trabalhando clandestinamente porque queremos, mas porque não nos dão a oportunidade de nos regularizarmos. É preciso abrir novas vagas para que a gente se regularize, mas eles não querem abrir”, disse ele.
O mototaxista Fábio Inácio da Silva, 26 anos, morador do bairro Rosa Cruz, disse que em uma semana levou três multas na avenida Juscelino Kubitschek. Ele disse que apesar dos ógãos negarem, a cidade pode ter mais mototaxista. “Eles não querem abrir vagas, pois dizem que já está no limite. Mas isso não é verdade, pois a cidade tem três mil mototaxistas clandestinos e todos conseguem corridas”, afirmou Fábio.
Segundo o gerente de trânsito da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) de Campina Grande, Patrício Barros, a operação é uma determinação do Ministério Público, que foi deflagrada este mês e ficará em execução por tempo indeterminado.
De acordo com Patrício Barros, Campina Grande possui atualmente mil mototaxistas cadastrados, porém o limite estabelecido era de 750. “Essa conta foi feita pelo Ministério Público baseada na população da cidade. Já passamos do limite estabelecido e não há acordo. Não podemos aumentar”, destacou o gerente.
Devido o protesto o trânsito está lendo e vários motoristas tiveram que passo por cima de canteiros e calçadas para desviar o bloqueio. Os ônibus coletivos ficaram impossibilitados de passaem pela avenida.
Operação
A operação está sendo realizado diariamente pela STTP, Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Polícia Civil e Ministério Público. Desde o o dia 1º de agosto 21 veículos já foram apreendidos. A multa para quem for flagrado realizando este tipo de transporte é de R$ 85,00.
