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VIDA URBANA

População de rua sofre para ter acesso à saúde em Campina Grande

Na luta pela sobrevivência, alguns do que estão nessas condições sentem a necessidade de mudar de vida,

Publicado em 30/08/2015 às 7:00

Invisíveis, excluídos, com pouco acesso aos cuidados básicos em saúde e suscetíveis a toda vulnerabilidade social das ruas. Esses são alguns dos problemas enfrentados por aproximadamente 100 pessoas que vivem em situação de rua na cidade de Campina Grande, segundo dados da Secretaria Municipal de Ação Social (Semas). Na luta pela sobrevivência, alguns do que estão nessas condições sentem a necessidade de mudar de vida. Foi com essa vontade que os moradores de rua, Jonh Lennon, 22 anos, e Jean Carlos, 33 anos, decidiram procurar o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) para então ter ajuda.

Sentindo na pele as dificuldades impostas pela condição de morador de rua, Jonh revela que antes de conhecer o Centro POP encontrava muitos empecilhos para ter acesso aos serviços de saúde. Por conta das suas limitações, acabava se retraindo na hora de procurar algum tipo de assistência. “Eu tinha perdido todos os meus documentos e estava sem muito acesso aos postos de saúde. Eu também achava que não tinha necessidade de ir atrás disso e sempre que tinha algum problema ia me virando. Muitas vezes nem procurei por atendimento. Como eu usava drogas, tinha dias que ficava muito debilitado, mas encontrei o Centro POP e comecei a me tratar”, comentou.

Jonh é natural de Campina Grande e morava nas ruas desde os 12 anos. Há cerca de um mês ele passou a ser atendido pelo Centro POP, onde participa de terapias ocupacionais e foi inserido na rede de proteção psicossocial para se reabilitar de uma dependência química. Ele vem resgatando a autonomia e tem planos de conseguir um emprego para sair definitivamente das ruas. Agora quando precisa de um serviço de saúde é encaminhado às unidades básicas do município, além de ser acompanhado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Jonh passa as noites na unidade de acolhimento Irmã Zuleide Porto, onde recebe alimentação e dormida.

Jean Carlos está em situação de rua há 3 anos, tempo suficiente para ter vivenciado os dilemas de quem se encontra nessa situação. Assim como Jonh, ele também era dependente químico e conta que encontrou muitas dificuldades para ter acesso aos serviços de saúde. Por esse motivo, na maioria dos casos ele não se interessava em buscar atendimento.

“Eu consumia maconha e crack e sentia muita fraqueza e tontura. Cheguei a ir para os postos buscar ajuda só que não tinha paciência de esperar que me atendessem e acabava indo embora. Eu tinha medo de ser recriminado”, desabafou.

Há 2 meses, Jean passou a ser assistido pelo Centro POP e os serviços de saúde que ele necessitava estão sendo providenciados. Ele está fazendo um tratamento dentário para restaurar alguns dentes e também é usuário do Creas. Durante o dia ele participa das atividades desenvolvidas pelo Centro POP e à noite dome na mesma unidade de acolhimento que Jonh. Com essas novas experiências, ele tem adquirido perspectivas de futuro para ingressar no mercado de trabalho e começar uma nova vida. (Especial para o JP)

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Jornal da Paraíba

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