VIDA URBANA
Prédios do centro de JP correm risco de incêndio
Fiação elétrica e estrutura de oito mil imóveis no Centro Histórico da capital, correm risco de incêndio, diz Corpo de Bombeiros.
Publicado em 29/03/2012 às 6:30
O comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros da Paraíba, major Oliveira, fez um alerta sobre os prédios do Centro Histórico de João Pessoa. Segundo ele, a fiação elétrica e a estrutura arquitetônica das edificações põem moradores e comerciantes da região em iminente risco de incêndio.
Ao todo são oito mil imóveis no Centro, contabilizados pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural de João Pessoa (Copac), órgão vinculado à Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), desde a Praça da Independência, descendo pelo Varadouro, rua das Trincheiras até o começo do bairro Cruz das Armas. O Corpo de Bombeiros explica que nem todos oferecem perigo à segurança das pessoas.
“Tem um grande parte de imóveis situados na região que possui fiações com mais de 30 anos e muitos empreendimentos comerciais são abertos sem atenderem requisitos de segurança mínimos, como a colocação de institores”, disse o major Oliveira.
Segundo o major Oliveira, algumas ações preventivas são realizadas nas áreas de maior ocorrência, para tentar verificar os pontos frágeis. “O problema, especialmente no Centro, é que tem áreas tombadas, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) não permite que sejam feitas alterações nas estruturas dos prédios para que sejam colocados hidrantes”, afirmou.
Diretor executivo do Iphaep, o arquiteto Marco Antônio Coutinho explicou que existem diversos graus de dificuldades para aprovação de projetos, tendo em vista o nível de conservação e tombamentos de determinados imóveis. “Porque é uma área tombada muitos acham que os prédios não podem sofrer alteração. Qualquer pessoa tem que procurar o órgãos e perguntar o que é possível ser feito”, disse.
Com relação à demanda da instalação de hidrantes nos prédios históricos da capital, que teria sido solicitada pelo Corpo de Bombeiros, Marco Antônio disse que de 2011 até o presente momento nenhum processo foi protocolado no órgão. “Na reforma das praças Aristides Lobo e Pedro Américo, a polícia militar solicitou intervenções e de pronto chegamos a um consenso. É preciso que os órgãos se reúnam conjuntamente para construir soluções”, afirmou Marco Antônio Coutinho.
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