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VIDA URBANA

Preservação ambiental gera lucro para artesãs de Barra de Mamanguape

Objetos de pelúcia, alusivos aos peixe-boi marinho e baleia-franca e outros mamíferos, são vendidos em hoteis, pousadas e em lojas.

Publicado em 05/09/2015 às 12:15

Linhas, olhos com travas, tecidos, fibras antialérgicas. Pelas mãos das costureiras e artesãs da Barra de Mamanguape (PB), esses materiais vão se entrelaçando, ganhando corpo e se transformando em bonecos de pelúcia, de alta qualidade, alusivos ao peixe-boi marinho, peixe-boi amazônico e baleia-franca. Depois de prontos, eles viajam quilômetros para serem vendidos em pousadas, hotéis, lojas e instituições que de alguma forma se relacionam com as espécies.
A iniciativa gera renda para a comunidade local e ajuda na sensibilização sobre a importância da conservação dos mamíferos aquáticos e do meio ambiente. A equipe de Inclusão Social do Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho - conduzido pela Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA - tem como um dos objetivos promover o desenvolvimento das mulheres da região, apoiando - com oficinas de capacitação, intercâmbios de vivências, acompanhamento técnico e logística - a associação de mulheres responsáveis pela produção das pelúcias da marca Eco-Oficina Peixe-Boi & Cia, que agora está completando mais de duas décadas de existência.
“Acreditamos que este produto representa um esforço coletivo em prol da conservação das espécies e que cada pessoa que adquire um boneco é mais uma esperança nossa de ter um colaborador sensibilizado nessa luta para que o peixe-boi saia da lista de espécies ameaçadas de extinção”, diz Daniela Araújo, técnica de Inclusão Social do Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho.
Os produtos são feitos diariamente e também por encomenda, o que faz com que a produção varie de acordo com a demanda. “Já teve vez que a gente produziu 1500 bonecos de peixe-boi chaveirinho em um mês”, diz Maria José Brito, costureira. “É uma felicidade imensa quando vemos tudo prontinho para ser entregue, sabendo que as pelúcias vão para longe, fazer as pessoas felizes e ficarem sabendo dos produtos que a gente faz aqui”, complementa Ednalva Silva dos Santos, artesã local.
Quem imaginaria que estas pelúcias seriam criadas há 21 anos, em um local isolado dos grandes centros urbanos, num cenário paradisíaco de praia, coqueiros, dunas, restingas e manguezal? A história começou em 1994, na comunidade da Barra de Mamanguape, litoral norte da Paraíba, onde a Fundação Mamíferos Aquáticos já atuava com atividades de pesquisa em prol da conservação do peixe-boi marinho.
Foi então que a FMA percebeu que poderia contribuir com a comunidade promovendo uma atividade que ocupasse as jovens mulheres e que gerasse uma alternativa de renda para que elas não tivessem que abandonar o local de origem. O primeiro passo foi promover um curso de corte, costura e bordado. A partir deste curso, pôde-se perceber que as jovens tinham potencial para executar algo maior. Na época, a FMA tinha contato com uma fornecedora de bonecos de pelúcia que havia desenvolvido uma modelagem especial alusiva ao peixe-boi marinho.
As jovens começaram a confeccionar os bonecos a partir dessa modelagem. Todo o trabalho era feito dentro da estrutura do Projeto Peixe-Boi, onde a FMA atuava. Ao produto foi sendo agregado um valor socioambiental - além de estar contribuindo com geração de renda local, de forma sustentável, ainda colaboraria na sensibilização para a conservação da espécie e do meio ambiente.
Com o passar do tempo, os bonecos foram conquistando o público e gerando uma demanda crescente. Para poder ganhar um mercado, os produtos foram se qualificando cada vez mais, por meio de busca de parcerias com entidades como a Millenium e o Sebrae e de conquistas como o selo de segurança, aprovação e qualificação do Inmetro.
Imagem

Jornal da Paraíba

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