Primeiros ipês floram no Centro de João Pessoa

Os ipês amarelos começaram a florir em João Pessoa e a transformar a paisagem urbana. No Parque Solon de Lucena e na Praça João Pessoa, no Centro da capital, a florada é percebida por quem passa pelo local e a criançada já se diverte com as flores que caem das árvores e formam um verdadeiro tapete no chão. Apesar do encantamento, pela sétima vez consecutiva, a florada que era esperada para acontecer entre os meses de setembro e dezembro do ano passado atrasou e só agora, na segunda quinzena de janeiro, as flores dos ipês amarelos começaram a aparecer.

A explicação para a florada nesta época do ano ainda é objeto de estudo por profissionais da Botânica. Mas o engenheiro agrônomo e chefe da divisão de Arborização e Reflorestamento da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de João Pessoa, Anderson Fontes, explica que o aumento da temperatura é um dos fatores que interfere na florada. “Árvores e plantas em vias públicas sofrem influência do aumento das temperaturas. Além disso, tem o fator da poluição urbana que pode retardar o fenômeno da florada e interferir no desenvolvimento fisiológico das espécies”, comentou Anderson Fontes.

De acordo com o engenheiro, em 2013 apenas os ipês das espécies roxa e rosa floraram na época prevista e desde 2008 a florada dos ipês amarelos acontece fora de época. Apesar do atraso da florada, o engenheiro agrônomo afirma que ipês estão saudáveis. “As matrizes estão boas depois da floração os frutos vão proporcionar novos ipês”, declarou.

O atual fenômeno de floração dos ipês dura, em média, de 20 a 25 dias. Durante este período, as flores tomam conta do solo do Parque Solon de Lucena dando um colorido especial à área. A flor do ipê amarelo é considerada a flor símbolo do Brasil. As árvores, de grande porte, perdem todas as folhas e ficam cobertas pelas flores, em cachos, em um amarelo vivo que se destaca na paisagem mesmo à distância.

Ao todo são 376 árvores ipês amarelos catalogadas pela Prefeitura em João Pessoa. A árvore, que é nativa da Mata Atlântica, pode ser vista em praças, avenidas e canteiros centrais de vias públicas da capital, mas o Parque Sólon de Lucena é onde se concentra o maior número delas, são 62 árvores. Segundo Fontes, alguns ipês foram plantados há mais de cinco décadas. “A idade de marcação do plantio é dos ipês na Lagoa é de 60 anos, algumas árvores mais antigas já foram substituídas porque morreram ou sofreram ataques de fungos”, afirmou.