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VIDA URBANA

Regional passa por ‘blecaute’ de insumos no último dia de 2010

Após as denúncias, a direção que assume hoje o comando da unidade hospitalar fez uma visita ao local e prometeu adotar medidas emergenciais para evitar a mortes.

Publicado em 01/01/2011 às 8:49

João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba

Depois de um ano de dificuldades no funcionamento e denúncias de negligências, superlotação, interdições por falta de equipamentos e escassez de insumos básicos, o Hospital Regional Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, transformou-se ontem, último dia de 2010, em um cenário de caos e desespero para cerca de 150 pacientes que estavam internados na unidade e seus familiares. Os funcionários de setores como a cozinha, lavanderia, ala clínica e da limpeza denunciaram o atraso nos pagamentos e a inexistência de insumos básicos, como dipirona, soro de todos os tipos, água mineral e até papel higiênico.

Alguns servidores entraram em desespero com o agravamento da situação e resolveram fazer um movimento nos corredores para pedir providências. Após as denúncias, a direção que assume hoje o comando da unidade hospitalar fez uma visita ao local e prometeu adotar medidas emergenciais para evitar a morte de pacientes. Na farmácia do hospital, funcionários contaram que o setor de estoque estava com apenas 40% da capacidade e não havia medicamentos simples mas indispensáveis para a realização de procedimentos de urgência e emergência.

“Hoje o hospital está parado porque a gente não tem dipirona, soro, plazil, tenoxicam, esparadrapo e nem mesmo água mineral e copos descartáveis para usarmos. Até mesmo papel higiênico está em falta e muita gente não veio mais trabalhar por conta da mudança de governo. Estamos sem condições de funcionamento, já que a maior parte dos procedimentos não pode ser feita sem soro. Só na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que ainda há uma reserva muito pequena”, relatou uma funcionária, que pediu para ter o nome preservado.

Na cozinha e na lavanderia, os funcionários denunciaram a falta de sabão para lavar as roupas e até mesmo de alguns alimentos. “Trabalhar sem receber não dá. A gente não vai continuar dessa forma não. Todo mundo recebeu e nós iremos passar o ano sem nada”, disse a copeira Aparecida Araúijo, que foi contratada para trabalhar no hospital há dois anos. A falta de insumos, segundo os funcionários, teria sido provocada pela falta de pagamento aos fornecedores.

O novo diretor geral do hospital, médico Flaubert Cruz, disse que diante das necessidades verificadas irá autorizar a partir de hoje a transferência dos pacientes que precisarem de urgência e emergência ou de equipamentos e insumos que estejam em falta na unidade. “A gente vai primeiramente contactar com os demais hospitais da rede de saúde para transferirmos essas pessoas. Mas não vamos fechar as portas. Vamos conversar com os fornecedores para ver o que podemos fazer”, adiantou. A nova direção também prometeu enxugar a folha de pessoal do hospital.

No início do mês de dezembro do ano passado a criança Mayana Beatriz Silva, de apenas um ano de idade, morreu engasgada com um grão de feijão no hospital. Na época, a unidade enfrentava a falta de médicos anestesistas. Dias depois, o Conselho Regional de Medicina (CRM) interditou cinco dos dez leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.

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