Secretário diz que desativação do Roger não é necessária

Segundo Virgolino, presídio é importante para o sistema prisional do estado.

O secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Wallber Virgolino, afirmou nesta sexta-feira (29) que não vê a desativação da Penitenciária de Segurança Máxima Flósculo da Nóbrega, o presídio do Roger, como uma medida necessária. Segundo ele, a unidade é importante para o sistema prisional do estado e o que se precisa é solucionar a questão da superlotação do local.

O fechamento do Roger já foi prometido durante a atual gestão estadual. No ano de 2011 o então secretário Harisson Targino disse que o Estado construiria um novo prédio para onde os detentos seriam transferidos. Naquele mesmo ano o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomendou a desativação do presídio sob o argumento de que o local não teria condições mínimas para acomodar os presos.Este ano o Conselho Estadual dos Direitos Humanos da Paraíba (CEDHPB) pediu judicialmente a interdição após constatar superlotação e problemas de estrutura.

“ Demonstramos na prática que o Roger é uma situação controlável. Hoje o presídio se encontra há mais de 10 meses sem qualquer tipo de rebelião. Saiu matéria a nível nacional sobre a criação da ala LGBT, temos aulas dentro do presídio. Isso demonstra que o Roger não pode ser interditado”, afirmou o secretário Wallber Virgolino destacando mudanças na administração do presídio. As declarações foram dadas antes do I Seminário de Administração Penitenciária, realizado em João Pessoa.

Wallber disse que o problema do excesso de presos do Roger pode ser resolvido com novos presídios, mas que isso não implica no seu fechamento. “Novas unidades vão ser construídas, mas se Roger voltar a ter a capacidade normal dele, de cerca de 600 apenados, dá para se controlar muito bem. É uma unidade de grande importância para o sistema prisional e a gente não pode abrir mão dele”, acrescentou.

O secretário afirmou ainda que os principais desafios da Administração Penitenciária da Paraíba são a falta de estrutura e a superlotação de algumas unidades. Segundo ele, o Estado vem investindo de forma massiva no setor e tem se buscado uma gestão mais humanizada.