O banqueiro Joseph Yacoub Safra, o segundo homem mais rico do Brasil, teve os seus bens bloqueados pela Justiça Federal de Brasília. A decisão é do juiz federal substituto Rodrigo Parente Paiva Bentemuller, da 15ª Vara Federal, que acatou um pedido feito pelo Ministério Público Federal. A suspeita é que o banqueiro e outros cinco diretores da empresa, que também tiveram os bens indisponibilizados, estão envolvidos em um esquema de pagamento de propina.
Segundo homem mais rico do Brasil tem bens bloqueados pela Justiça
Banqueiro Joseph Safra foi denunciado pelo MPF por suposto pagamento de propina.
Joseph Safra é investigado em ação civil pública de improbidade administrativa que o acusa de tentar subornar dois servidores da Receita Federal para que, segundo a acusação, "praticassem atos de ofício no bojo dos processos administrativos fiscais" para beneficiar a empresa JS Administração de Recursos S/A, que integra o Grupo Safra. Os valores discutidos "giram em torno de quase R$ 1,8 bilhão", diz o Ministério Público.
Entre os diretores da JS Administração de Recursos S/A denunciados pelo MPF está João Inácio Puga, que teria buscado "pessoalmente o grupo criminoso [da Receita Federal] para favorecer a JS em três processos administrativos do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais)", sendo "porta-voz da milionária vantagem indevida", ou o pagamento de uma propina "superior a R$ 15 milhões".
A indisponilibilidade dos bens de Joseph Safra e de seus diretores foi determinada nesta terça-feira (31), e divulgado no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região desta quarta-feira (1º). Os fatos estão sendo investigados pela Operação Zelotes.
Depois que a operação foi deflagrada, Safra foi processado também na área criminal, mas a ação penal contra ele foi arquivada em dezembro pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região