VIDA URBANA
Setor do Hospital Universitário de CG é interditado por falta de médicos
Decisão de interdição foi tomada pelo CRM. Direção disse que espera autorização de contratação.
Publicado em 03/08/2017 às 12:19
A Unidade de Pronto Atendimento do Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande, foi interditada eticamente pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB). A suspensão das atividades médicas no local teve início na madrugada desta quinta-feira (3) e foi motivada pela falta de escala médica no setor.
“Há mais de um ano estamos acompanhando a situação precária de atendimento aos pacientes do Alcides Carneiro e até o momento a direção da unidade não solucionou o problema. Após contatos recentes de médicos, voltamos a fiscalizar o hospital e constatamos a falta de profissionais na escala de plantões, comprometendo o atendimento aos pacientes e prejudicando os médicos que estavam em atendimento e precisavam se ausentar após o plantão”, explicou o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa.
O diretor destacou que a interdição ética médica é exclusiva para o Pronto Atendimento do hospital. “Lembramos que este tipo de interdição proíbe apenas os médicos de atuarem no setor interditado. O trabalho de outros profissionais não está vetado e os médicos podem continuar prestando atendimento em outros setores do hospital”, disse.
A liberação do atendimento médico no Pronto Atendimento do Hospital Universitário Alcides Carneiro será realizada quando a direção da unidade hospitalar apresentar ao CRM-PB a escala completa de plantão.
A redação do JORNAL da PARAÍBA fez contato com o superintendente do Hospital Universitário Alcides Carneiro, Homero Gustavo Rodrigues. Segundo ele, a unidade enfrenta dificuldades pela falta de profissionais médicos e ainda não há uma medida imediata para solução. “A interdição ocorreu pela falta de profissionais em composição da escala de trabalho. O hospital realizou concurso publico para o preenchimento de 300 vagas em janeiro, o processo foi homologado, mas o governo não autorizou a contratação, por essa razão estamos em dificuldade. Informamos a situação as autoridades ministeriais e vamos aguardando uma resposta. Ainda não há uma medida imediata para resolver a situação”, disse.
(Atualizada às 14h40)
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