O juiz da 4ª Vara Criminal de Campina Grande, Vandemberg de Freitas, ouviu, na tarde de ontem, os depoimentos de sete testemunhas de acusação no caso da morte do técnico em monitoramento Tiago Moreira, de 27 anos, supostamente torturado por policiais militares, em agosto do ano passado. Uma testemunha do Ministério Público não foi ouvida e uma nova data será designada para o depoimento.
Ao final dos testemunhos de ontem, o promotor Sócrates da Costa Agra afirmou que todos os relatos confirmaram a tortura praticada pelos policiais, mas não foram muito esclarecedores com relação à participação de cada um dos envolvidos. “Verifica-se uma participação mais contundente de oito militares, mas ainda os depoimentos de hoje não foram conclusivos”, disse. Nos próximos dias devem ser ouvidas as testemunhas de defesa.
Também ontem, a defesa dos policiais solicitou ainda a libertação dos acusados, que estão presos no 2º Batalhão de Polícia Militar há mais de 2 meses. Tiago Moreira morreu no dia 5 de agosto de 2012. A esposa da vítima, Alessandra Alves, afirmou que ele teve uma crise de abstinência de drogas e acabou invadindo a casa de um policial militar, no bairro de José Pinheiro. Lá, segundo a Polícia Civil, a vítima teria sido espancada até a morte.
