Pelo menos 65 pessoas perderam a vida em Campina Grande no ano passado, vítimas de acidentes de trânsito na cidade. Ao todo, foram registrados cerca de 4.192 acidentes em 2013, número considerado alarmante pela Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP). Esses dados fazem parte de um mapeamento realizado pela autarquia, divulgado ontem durante o lançamento da campanha ‘Maio Amarelo’, que ao longo do próximo mês vai promover várias ações para tentar reduzir as ocorrências de trânsito na cidade.
De acordo com o estudo, elaborado para nortear as ações da STTP nos horários e pontos mais críticos da cidade, cerca de 73,8% dos acidentes deixaram pessoas feridas, sendo o Centro (17,2%), Catolé (9,3%), Liberdade (5,7%) e Alto Branco (5,3%) os bairros com maior frequência de atropelamentos de pedestres.
“Com base nos nossos estudos identificamos também que a maioria dos condutores envolvidos nesses acidentes, 78%, são homens com idade média de 36 anos”, explicou o consultor estatístico da STTP, Erivaldo Araújo.
Quanto aos tipos de acidente, os mais comuns são as quedas de motocicletas (17,5%), seguidas pelas colisões laterais (11,8%), colisões traseiras (7,6%) e atropelamentos (7,2%).
Mesmo não sendo a principal causa de acidentes, os casos de atropelamento tem chamado a atenção da STTP que, dentro do ‘Maio Amarelo’, vai desenvolver ações específicas para conscientizar pedestres e motoristas sobre a importância de utilizar e respeitar as faixas de pedestres, já que 80% das vítimas foram atropeladas a uma distância curta das faixas.
O ‘Maio Amarelo’ é um movimento internacional de conscientização e combate à violência no trânsito, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em Campina a programação terá início no dia 6, com blitzen educativas no Centro da cidade. Ao longo do mês também serão realizadas outras ações, dentre elas palestras com cadeirantes e outras vítimas de acidente de trânsito, além de uma corrida pela paz no trânsito e uma missa em memória às vítimas de acidentes.
“O número de acidentes é gritante, razão pela qual estamos conclamando a todos para que juntos possamos reduzir esse número, fazendo com que a sociedade se conscientize de que precisa participar da solução do problema. A sociedade é vítima e também é algoz, por isso precisamos nos educar”, ressaltou o superintendente da STTP, José Marques Filho.
