VIDA URBANA
Unidades do interior também serão afetadas
Redução nos investimentos pode prejudicar assistência médica, diz Sindicao dos Hospitais do Estado da Paraíba.
Publicado em 21/01/2015 às 6:00 | Atualizado em 28/02/2024 às 16:14
O corte anunciado pelo governo do Estado na Lei Orçamentária Anual (LOA) para a área da saúde, em 2015, também vai afetar os hospitais do interior da Paraíba. Em Campina Grande, a verba destinada para o Hospital Regional de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes será reduzida em R$ 15 milhões. No município de Patos, Sertão, o Hospital Regional Janduhy Carneiro, o Hospital Infantil Noaldo Leite e a Maternidade da cidade vão perder, no total, R$ 11 milhões no orçamento.
O diretor do Hospital de Trauma de Campina Grande, Geraldo Medeiros, afirmou que, apesar do corte anunciado, não haverá precarização dos serviços do hospital. Segundo ele, a redução foi feita em relação à projeção de gastos para 2015. Atualmente, o custeio mensal da unidade fica em torno de R$ 12 milhões.
“Na realidade, em relação ao aporte financeiro de 2014, vai haver até um pouco de aumento. Esses R$ 15 milhões, estavam previstos em uma projeção de gastos para 2015, mas em virtude das medidas que tomamos ao longo dos quatro anos na administração, o hospital está com atendimento regular, e essa redução anunciada na LOA não irá trazer nenhum prejuízo aos pacientes. A população pode se tranquilizar, porque o hospital vai continuar com o nível dos serviços prestados”, complementou.
Conforme o diretor, a ala verde da unidade, que atende pacientes ambulatoriais (à espera de exames, por exemplo) será ampliada ainda este ano. O Hospital de Trauma de Campina Grande atende a 203 municípios, além de pacientes dos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará e possui 302 leitos.
Já a diretora-geral do Hospital Regional de Patos, Hígia Maria Trigueiro, informou que ainda não havia sido comunicada oficialmente do corte. O orçamento da unidade sofreu uma redução de R$ 5 milhões para 2015. A diretora relatou, no entanto, que a instituição já havia recebido ofício circular da Secretaria de Saúde do Estado, orientando a reduzir os gastos com combustível, diárias, água, luz e telefone, em cerca de 20%.
Através de sua assessoria de comunicação, o superintendente Executivo do Instituto Gerir, Edsamuel Araújo, que administra a Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos, afirmou que a maternidade vai readequar suas ações de acordo com a nova realidade, sendo precoces ainda as avaliações quanto à redução de funcionários ou corte de serviços. “A política de saúde pública é uma prerrogativa do governo do Estado e, por isso, vamos acatar as novas deliberações referentes ao corte de investimentos.
O presidente do Sindicao dos Hospitais do Estado da Paraíba, regional Campina Grande, José Targino, afirmou que os recursos destinados à saúde pública já são muitos precários e uma redução nos investimentos dessa área podem prejudicar consideravelmente a assistência médica. (Colaborou Andréia Xavier)
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