UPS do Mutirão reduz número de ocorrências

A primeira Unidade de Polícia Solidária (UPS) de Campina Grande foi instalada no bairro Mutirão e entrou em funcionamento no dia 25 de janeiro deste ano. Conforme os dados da Polícia Militar, desde o início das atividades, nenhum assassinato ocorreu na comunidade.

Apenas em 2012 foram registrados nove homicídios no bairro, inclusive um PM foi morto durante uma troca de tiros com traficantes. Entre os meses de janeiro e fevereiro do ano passado foram registradas duas mortes no Mutirão.

De acordo com as informações do comandante da UPS, tenente Wesley Araújo, desde que a unidade começou a funcionar nenhum crime de grande proporção foi registrado na comunidade.

“Só tivemos aqui uma ocorrência de som alto e uma de violência doméstica, mas tudo foi resolvido no próprio local sem grandes transtornos,” destacou.

O sargento Lucyano, que também comanda uma das equipes que trabalham na UPS, relatou que antes da implantação da unidade eram frequentes as ocorrências de furto, roubo, homicídio e tráfico. Conforme o sargento, o maior problema enfrentado pelos policiais tem sido a falta de confiança dos moradores. “Criou-se nesta comunidade a imagem de que a polícia só trabalha com repressão, mas aos poucos estamos mudando isso. Alguns moradores ainda não perceberam que estamos aqui não somente para garantir a paz, mas também com projetos sociais,” frisou.

A UPS do bairro Mutirão funciona 24 horas com um efetivo constante de seis policiais, uma viatura e três motos. A base é equipada com sistema de monitoramento, que permite que os policiais saibam o que está acontecendo nas proximidades do prédio mesmo quando estão realizando patrulhamento.

A vice-presidente da Associação de Moradores do bairro Mutirão, Lizuete Barreto, disse que os policiais estão sendo vistos como anjos da guarda. “Eles estão desenvolvendo um trabalho excelente na comunidade, são projetos sociais que estão mudando a vida de nossas crianças que antes não tinham expectativa e agora já sonham por exemplo em vestir uma farda da polícia”, disse.