Uso do anticoncepcional ainda enfrenta mitos

Apesar de já popularizado, o uso da pílula ainda causa dúvidas a muitas mulheres. Segundo a médica Karen Fernandes, um dos mitos mais frequentes na mente feminina, em relação ao anticoncepcional, é a dificuldade de engravidar depois de tomar o medicamento por muito tempo. “Os anticoncepcionais não diminuem as chances de gravidez, a dificuldade de engravidar não está associada ao uso de contraceptivos, mas sim a alterações pré-existentes no organismo da mulher”, afirmou.

Ao contrário do que muitas mulheres pensam, a ginecologista disse que as pílulas anticoncepcionais, desde que tomadas de forma correta, não engordam, não causam câncer, não formam mioma e nem cistos. “O uso contínuo de anticoncepcionais orais pode ser usado para o tratamento de algumas patologias como cistos ovarianos, porque a paciente não vai ovular, consequentemente não vai haver estímulo ovariano, nem a formação de cistos”, ressaltou a médica.

Para esclarecer outra dúvida, a ginecologista alertou que caso haja o esquecimento de uma pílula, no dia seguinte deve-se tomá-la, juntamente com a do dia, para que possa regular a taxa hormonal, mas que é aconselhável o uso do método de barreira (camisinha) para evitar uma gravidez proveniente da falha no uso do medicamento.

Karen Fernandes disse ainda que os anticoncepcionais tanto são eficientes na proteção contra a gravidez, independente da dosagem de hormônio, como para preparar o organismo para uma gestação. “As pílulas de baixa dosagem hormonal não diminuem a eficácia do remédio e o anticoncepcional também pode ser usado para a preparação para uma gestação”, frisou.

Para finalizar, ela alertou que a pílula do dia seguinte é um método de contracepção de emergência e não deve ser usada muitas vezes seguidas, pois diminui sua eficácia e desordena o ciclo menstrual, além de causar sintomas colaterais.