Castração de pets é mutilação ou não? Veterinário tira dúvidas

Assunto divide amantes de cães e gatos e gera bastante debates.

Foto: Gabriela Muniz
Castração de pets é mutilação ou não? Veterinário tira dúvidas
Foto: Gabriela Muniz

Um assunto que divide opiniões é quanto à castração dos pets. Cada um traz os seus argumentos para justificar se o procedimento seria uma mutilação ou algo necessário para controle animal. Para responder algumas perguntas, o JORNAL DA PARAÍBA entrevistou o veterinário Marcos Lopes. Segundo ele, castração não se trata de mutilação e é aconselhado tanto para cães quanto para gatos.

“Existe a indicação por estética e a indicação devido à processos patogênicos”, informou Marcos. Problemas como criptorquismo, hiperplasia prostática, aparecimento de cistos prostáticos, agressividade, demarcação de território e excessos hormonais são exemplos de indicações para a realização do procedimento.

O veterinário explica que existem duas vertentes: uma que aconselha a castração pediátrica e outra, após o amadurecimento fisiológico do pet. “Muitos criadores já vendem o cão ou gato castrado aos 2 ou 3 meses, mas eu não aconselho”. Ele indica o agendamento do procedimento após o primeiro cio. No caso de gatos e gatas, é possível castrar a partir dos sete meses. “Quando se castra [o animal] muito cedo, é possível que se desenvolva algum problema hormonal”, alerta.

Castração de pets é mutilação ou não? Veterinário tira dúvidas
Foto: Cisco Nobre

Mudanças de comportamento

De acordo com Marcos, os animais apresentam mudança de comportamento depois da castração. No caso dos cães machos, eles ficam mais sedentários e diminui a questão de marcação de território e tendem a ficar mais calmos. “As fêmeas são da mesma forma e isso acaba gerando o tabu da engorda”, explica.

Para evitar que o animal engorde, o dono do animal precisa tomar mais cuidado com a alimentação dele e adicionar mais atividade física. “Mas não há preocupações maiores e não é necessário fazer reposição hormonal”.

* Sob supervisão de Aline Oliveira