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VIDA URBANA

Violência cresce e assusta campinenses

Campinenses se dizem reféns dos bandidos e, com medo, acabam isolados, trancados dentro de suas próprias casas.

Publicado em 11/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 17:51

A típica paisagem do interior, onde as pessoas se sentavam na calçada ou em bancos de praças públicas para conversar e brincar, está mudando em Campina Grande. Hoje, os campinenses se dizem reféns dos bandidos e, com medo, acabam isolados, trancados dentro de suas próprias casas.

Para essas pessoas que precisam sentir a presença da polícia nas ruas e que estão mudando sua rotina pelo medo, a instituição tem que ser mais ostensiva e, para a polícia, o sistema de segurança tem que ser modificado.

As grades separam a comerciante Maria de Lourdes Oliveira, 45 anos, dos seus clientes, em sua farmácia, que está localizada no bairro do Catolé.

A proprietária do estabelecimento contou que o equipamento de proteção coibiu a prática de assaltos, que antes eram constantes no local. Lá, uma placa informa aos clientes que o atendimento teve que ser distanciado através do equipamento pela falta de segurança na cidade. “Infelizmente nós estamos vivendo em um mundo onde quem fica trancado são as pessoas de bem, que trabalham, enquanto os bandidos estão soltos. Aqui no bairro, a situação é tão preocupante que ninguém pode ficar um minuto na calçada, senão pode ser assaltado”, lamentou.

As farmácias são apenas um tipo de estabelecimento dentro de um conjunto de pequenas empresas que estão sendo alvos preferidos dos bandidos em Campina Grande. As padarias, lotéricas, postos de combustíveis e até profissionais autônomos, como os taxistas, estão sentindo muito mais a onda de criminalidade.

Testemunha de seis assaltos (apenas este ano) na lotérica onde trabalha, no Centro da cidade, a gerente Rizoneide Gonçalves, 27 anos, contou que vive com medo. “Eu quero acreditar que um dia isso pode mudar. A minha Campina do futuro é aquela cidade onde a gente pode andar tranquilamente, mas a gente só vai se sentir seguro se puder encontrar policiais nas ruas”, pediu.

Taxista há 32 anos, José Rodrigues contou que viu amigos assaltados à luz do dia. “Isso acontece porque os bandidos estão se sentindo à vontade. Para que Campina mude, acho que tem que começar a ter abordagens policiais, principalmente no Centro da cidade. Eu acho que isso precisa ser feito e pode coibir a ação dos assaltantes”, acredita o trabalhador.

Com o posto policial desativado há mais de 10 anos no bairro do Jeremias, o proprietário de uma loja de construções, Edmundo Fialho, 46 anos, disse que o bairro se tornou o mais inseguro da cidade. “Não sentimos que existe segurança na cidade, mas aqui no bairro é pior. Os tiroteios são constantes e nem posto policial tem mais. Nós queremos e a cidade precisa ativar e criar postos policiais, principalmente nas áreas mais perigosas”, disse ele.

Para o frentista Ricardo Medeiros, 43 anos, que trabalha há um ano e meio em um posto de combustíveis na Estação Velha, não há blitzen na cidade. “Eu não vejo mais, pelo menos com a intenção de revistar as pessoas, saber se estão armadas. As blitzen são essenciais e com certeza ajudariam no combate à criminalidade. Acho que deveria começar por aí”, argumentou.

O cobrador de ônibus Pedro Souza, 24 anos, também acredita que as abordagens diretas seriam um bom começo. “Para que a cidade mude, a gente também precisa mudar o jeito que a gente trata as pessoas.

Hoje qualquer estresse é motivo até para matar uma pessoa. Eu sonho em ter uma cidade que prospere, mas que possa oferecer ao seu povo tranquilidade. Eu quero andar na rua sem medo, chegar em casa sem medo, trabalhar sem medo. Mas isso hoje não acontece para muita gente”, lamentou.

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Jornal da Paraíba

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