Viúvos da estagnação teimam em ignorar mudança no Brasil, diz Dilma

Do G1

A ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, discursou nesta quarta-feira (31)em nome dos ministros que deixam o governo para disputar as eleições de outubro. Na cerimônia de posse de 10 novos ministros, Dilma disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “mudou o Brasil”. A ministra mencionou os que criticam o atual governo, a quem chamou de “viúvos da estagnação”. Dilma sai da Casa Civil para disputar a Presidência da República pelo PT. A secretária-executiva do ministério, Erenice Guerra, assumiu o cargo.

“O governo do senhor é um momento muito importante porque é momento de vitória, talvez o mais longo momento de vitória de todos esses que lutaram experimentaram ao longo de suas vidas. Nós vencemos e vamos vencendo a cada dia. Vencemos a pobreza, a miséria, a submissão, estagnação, o pessimismo”.

Segundo Dilma, a oposição “teima” em ignorar as realizações do governo Lula. “Nós mudamos o Brasil, quando olhamos o Brasil em 2002 vemos o caminho que foi percorrido”, afirmou. “Os viúvos da estagnação temem em ignorar as mudanças”, criticou.

Posse

Dez substitutos foram empossados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dos dez novos ministros sete eram secretários-executivos dos respectivos ministérios. As exceções são o Ministério da Agricultura , que terá como ministro o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que será liderado pela ex-secretária-executiva Márcia Lopes, e o Ministério das Comunicações, cujo ministro será José Artur Filardi, que chefiava o gabinete do então ministro, Hélio Costa.

Os secretários-executivos que tomaram posse nesta quarta são Paulo Sérgio Passos, no Ministério dos Transportes, Márcio Zimmerman, no Ministério de Minas e Energia, Elói Ferreira, na Secretaria de Igualdade Racial, Izabella Mônica Vieira Teixeira, no Ministério do Meio Ambiente, João Santana, no Ministério de Integração Nacional, Carlos Eduardo Gabas, no Ministério da Previdência Social, e Erenice Guerra, na Casa Civil.

Emoção

A ministra se emocionou em vários momentos durante o discurso, principalmente ao elogiar o presidente Lula. “O senhor nos deu o privilégio de participar de um dos momentos mais decisivos da história do nosso país. O momento em que o povo encontrou consigo mesmo sob a liderança de um dos presidentes mais populares e talvez mais brasileiro dos que tivemos”, disse, com a voz embargada.

Segundo a ministra, o momento é de uma “alegria melancólica”. “Vivemos uma emoção que os poetas disseram ser uma espécie de emoção melancólica ou alegria triste. Saímos do governo que consideramos que foi um dos que mais fez para o povo do país”.

No total, o governo federal tem 37 pastas que poderiam ter sido afetadas por pedidos de desincompatibilização. Esse total inclui ministérios, secretarias e órgãos com estatus ministerial.