Após anunciar cancelamento, organização mantém Festival Varilux em JP

Evento começa nesta quinta (18). Vão ser exibidos 18 longas.

Após anunciar cancelamento, organização mantém Festival Varilux em JP
‘Minhas férias com Patrick’ é um dos longas da programação (Foto: Reprodução)

Horas depois de anunciar o cancelamento da edição 2020 do Festival Varilux de Cinema Francês, a organização voltou atrás e confirmou a realização do evento em João Pessoa. O evento, organizado na capital paraibana pela Aliança Francesa, começa na quinta-feira (19) e agora vai acontecer no Cinepólis, no Manaíra Shopping.

O festival de cinema francês exibe 18 longas-metragens, sendo 17 inéditos e recentes e o clássico “Acossado”, de Jean Luc-Godard – em homenagem aos 60 anos da Nouvelle Vague. Com uma edição atípica devido à pandemia, o evento estará nas redes exibidoras que seguem rígidos protocolos recomendados pelas autoridades sanitárias a fim de oferecer segurança tanto ao público quanto aos profissionais envolvidos na sua realização.

De acordo com o diretor da Aliança Francesa de João Pessoa, Arnaud Béchade, o público vai “matar a saudade” do cinema francês, reencontrando-o na telona de todos os cinemas do Brasil.

Na programação do Festival Varilux com filmes inéditos estão diretores consagrados como François Ozon, presença recorrente, que apresenta “Verão de 85” (Eté 85), longa que integrou a seleção oficial do Festival de Cannes. Passaram por Cannes também as produções “DNA” (Adn), de Maïwenn, com Louis Garrel e Fanny Ardant; “Minhas férias com Patrick” (Antoinette Dans Les Cévennes), de Caroline Vignal; “Slalom” (Slalom), de Charlène Favier, e “Gagarine” (Gagarine), de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh.

A edição 2020 traz filmes premiados, como “Apagar o Histórico” (Effacer l’historique), de Benoît Delépine e Gustave Kervern, que ganhou o Urso de Prata neste ano, no 70ª Festival de Berlim por “filme que abre novas perspectivas”. Já “Belle Epoque” (La Belle Époque), de Nicolas Bedos, foi detentor de três Césares em 2020: melhor roteiro original, atriz coadjuvante e direção de arte. E animação “A famosa invasão dos ursos na Sicília” (La fameuse invasion des ours en Sicile), longa do ilustrador e autor de histórias em quadrinhos Lorenzo Mattotti, inspirado no livro de Dino Buzatti. O filme ganhou o Prêmio da Fondation Gan pour le Cinéma.

Sucessos de bilheteria também foram selecionados. O longa “Sou Francês e Preto” (Tout Simplement Noir), de Jean-Pascal Zadi e John Wax, somou mais de um milhão de espectadores na França após a reabertura dos cinemas. Outro que levou o público às salas foi “Minhas Férias com Patrick”, de Caroline Vignal, visto por mais de 500 mil pessoas desde seu lançamento, e “Meu Primo” (Mon Cousin), de Jan Kounen, por 300 mil.

Atores e atrizes conhecidos do público brasileiro não ficaram de fora, a exemplo de Juliette Binoche, que volta ao Festival Varilux como protagonista de “A Boa Esposa” (La Bonne Épouse), de Martin Provost; e o ator Vincent Cassel estrela “Mais que Especiais” (Hors Normes) de Eric Toledano e Olivier Nakache, diretores dos sucessos “Os Intocáveis” e “Samba” que já integram o Festival Varilux. Daniel Auteuil, Fanny Ardant e Guillaume Canet estarão juntos em “Belle Epoque”, filme premiado com três Césares.

Roschdy Zem, outro nome que também já prestigiou o festival, estará em dois filmes: “Persona non grata” e “A Garota da Pulseira” (La fille au bracelet). O ator Jérémie Renier, convidado de 2018, interpreta um professor de esqui em Slalom, produção que acaba de estrear na França. E vale ficar de olho em novos rostos como os de Félix Lefebvre e Benjamin Voisin, protagonistas de “Verão de 85”; e Melissa Guers, intérprete de Lisa no “A Garota da Pulseira”, de Stéphane Demoustier.