CULTURA
Blocos carnavalescos ficam fora das ruas de João Pessoa pelo segundo ano consecutivo
Folia começaria nesta quarta-feira de fogo (23), na capital paraibana.
Publicado em 23/02/2022 às 9:26
Os tradicionais blocos carnavalescos de João Pessoa não vão sair às ruas pelo segundo ano consecutivo. Nesta quarta-feira (23) de fogo, vários deles, como o Muriçocas do Miramar, arrastariam milhares de foliões pela capital paraibana. Mas, a folia precisou ser adiada pela segunda vez para evitar a alta de contágios pelo coronavírus.
Assim como em várias outras cidades do país onde as festas de carnaval são tradição, em João Pessoa a folia de rua não vai acontecer. O município decretou ponto facultativo entre a segunda (28) e a quarta-feira (2), mas os blocos não vão às ruas.
O ‘Bloco das Virgens’ completa 35 anos de fundação este ano, mas deve ficar longe da folia, assim como o ‘Muriçocas do Miramar’, que celebra seus 36 anos fora da avenida.
Com saudade da folia, Mestre Fuba, fundador e organizador do Muriçocas, relata que tinha esperança de colocar o bloco na rua em 2022, mas o surgimento da variante ômicron do coronavírus deu um “banho da água fria” na organização da carnavalesca.
“A gente estava muito esperançoso de que haveria carnaval, achamos que os vacinados iriam poder, mas quando a ômicron chegou foi um banho de água fria. Mas, temos que exercitar paciência e manter a serenidade, porque o problema é seríssimo e delicado em todo o planeta”, disse.
Mestre Fuba também diz que não deu tempo se programar para realizar alguma programação com menos risco de aglomeração, assim como fez em 2021, pois as festas estavam mantidas até outubro do ano passado. Mas revela que, mesmo se houvesse a possibilidade de levar o bloco a diante, teria cautela e manteria a suspensão da festa de rua.
“Algumas pessoas sugeriram que se fizesse em um lugar fechado, mas o risco de contaminação seria o mesmo. Mesmo que tivesse carnaval, a gente não sairia, pois temos que ter consciência e responsabilidade. Eu amo carnaval, mas amo muito mais as vidas dos foliões, amigos, e todos os demais envolvidos”, explicou.
Enquanto isso, o prejuízo para os trabalhadores é grande. São prestadores de serviço dos próprios blocos, além de comerciantes que esperam pelas festas para vender alimentos e adereços.
Ainda de acordo com Mestre Fuba, a expectativa dos foliões é que, em 2023, os blocos carnavalescos voltem a colorir as ruas de João Pessoa e oferecer mais renda para vários setores econômicos.
“Ficamos tristes porque o grande tanto pra quem trabalha quanto pra quem ganha o trocadinho. Mas vamos torcer, ter esperança, que ano que vem estaremos com milhões de foliões fazendo a festa”, conclui.
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