O dia em que a música morreu: acidente aéreo matou três astros do rock

Acidente aéreo que matou Buddy Holly, Ritchie Valens e The Big Bopper completa 65 anos em 2024. Tragédia é conhecida como ‘o dia em que a música morreu’.

Registro dos destroços do acidente. (Foto: Wikimedia Commons)

Um acidente aéreo e três astros do rock em ascensão mortos juntos. Essa tragédia aconteceu em 3 de fevereiro de 1959, há exatos 65 anos, e tirou a vida de Buddy Holly, Ritchie Valens e The Big Bopper. Alguns anos depois a data passou a ser conhecida como ‘o dia em que a música morreu’.

Os três cantores estavam em uma turnê conjunta que passaria por mais de 20  cidades na região centro-oeste dos EUA em três semanas. Mas a junção da pressão para o cumprimento das datas apertadas, com clima adverso e falha humana, infelizmente, foi responsável por tirar a vida dos músicos no trágico acidente aéreo. 

Buddy Holly, Ritchie Valens e The Big Bopper 

Buddy Holly tinha 22 anos quando morreu. Guitarrista, cantor e compositor norte-americano, ele teve um grande destaque em pouco mais de dois anos. Chegou a fazer shows na Inglaterra, junto com a banda The Crickets, e foi visto por dois jovens que mais tarde entrariam para a história do rock e disseram ter se inspirado de alguma maneira nele. Um era Paul McCartney e o outro Mick Jagger. Em 1959, Buddy estava iniciando a carreira solo. 

O dia em que a música morreu: acidente aéreo matou três astros do rock
Buddy Holly, Ritchie Valens e The Big Bopper (Foto: Arquivo)

Ritichie Valens era o mais jovem, tinha apenas 17 anos. Ficou famoso principalmente pela clássica versão de ‘La Bamba’. Ele é considerado um dos pioneiros do rock latino. 

.P. ‘The Big Bopper’ Richardson tinha 28 anos. Era um grande cantor e também um compositor destacado. O seu maior sucesso foi ‘Chantilly Lace’.

Acidente trágico durante turnê 

Os músicos estavam na turnê ‘The Winter Dance Party’, que passaria por 24 cidades em apenas três semanas, de 23 de janeiro a 15 de fevereiro de 1959. A grande distância entre as cidades e o tempo gasto se tornou um problema ao longo da turnê. 

Após um show na cidade de Clear Lake, Iowa, em 2 de fevereiro, Buddy Holly avisou que fretaria um avião para o próximo destino. 

Ele contratou um jovem piloto para levá-los até o próximo destino, a cidade de Moorhead. Mas na verdade eles precisariam aterissar na vizinha Fargo . Houve algumas divergências sobre quem acompanharia Holly no voo,inicialmente os músicos que o acompanhavam na carreira solo seriam os escolhidos. Mas  as vagas ficaram com Valens e The Big Bopper. Valens, inclusive, nunca tinha andado de avião. 

O voo seria rápido, mas infelizmente eles não chegaram ao destino final.  O acidente, a queda do avião, ocorreu pouco tempo após a decolagem, por volta da 1h da madrugada do dia 3 de fevereiro de 1959. 

Os restos do monomotor foram encontrados nas proximidades de uma cerca de arame. Investigadores creem que  o mau tempo e o erro do piloto, Roger Peterson, que também morreu, causaram o acidente. O piloto não tinha sido habilitado para pilotar em condições climáticas tão ruins. Ele também não recebeu alertas adequados sobre o clima. 

Os três músicos e o piloto foram encontrados mortos no local. 

O dia em que a música morreu 

Em 1971, 12 anos após o acidente, a tragédia passou a ser conhecida como ‘o dia em que a música morreu’. A definição foi dada por Don McLean na música ‘American Pie’. 

Nos cinemas, a tragédia aparece nos filmes ‘A História de Buddy Holly’ e ‘La Bamba’.