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CULTURA

Atores à Deriva em epopeia marítima

Centro Cultural Piollin traz neste sábado (22) e no domingo (23) a apresentação do espetáculo 'A Mar Aberto'.

Publicado em 22/09/2012 às 6:00


Em 2008, o dramaturgo Henrique Fontes tinha acabado de deixar o grupo potiguar Clowns de Shakespeare para se juntar aos atores Doc Câmara, Paulo Lima (egressos da antiga formação do Alegria Alegria) e Alex Cordeiro (ex-Facetas).

Uma semana antes da estreia de A Mar Aberto (espetáculo que eles apresentam hoje e amanhã, às 21h, no Centro Cultural Piollin, em João Pessoa), o coletivo ainda não tinha nem sido batizado.

O nome veio em um insight que resumia a situação daqueles profissionais da cena, entregues de repente à sua própria sorte: 'Atores à Deriva'.

Era também uma metáfora acidental que revelava a afinidade do grupo por uma linha de pesquisa ligada ao mar, tema de uma trilogia que será encerrada em 2013, quando comemoram cinco anos de união.

Premiados em 2011 com o Prêmio Myriam Muniz de Circulação Teatral, os Atores à Deriva trouxeram à Paraíba a última etapa de um projeto que passou por outros três estados nordestinos.

A Mar Aberto, montagem que faz parte de uma programação realizada desde ontem no Centro Cultural Piollin, traz como protagonista um velho lobo do mar que, já maduro, se depara com o desejo por um jovem de 19 anos que viaja em sua embarcação rumo à imensidão azul.

"O desejo não escolhe hora nem lugar", afirma Alex Cordeiro, citando uma frase do autor e diretor Henrique Fontes. "O capitão José Hermílio (Doc Câmara), um pescador, é surpreendido por um desejo que não conheceu ao longo de sua vida", sublinha o ator.

Segundo Cordeiro, o conflito do personagem foi inspirado na obra Grande Sertão: Veredas (1956), na qual Riobaldo também vive as agruras da paixão por um outro homem, o jagunço Riobaldo.

A ironia é que Grande Sertão... se passa nas paragens mineiras, onde não há mar.

"É que Henrique Fontes leu o livro em uma viagem a uma praia do interior do Rio Grande do Norte", explica o colega. "Ali surgiram personagens como Batista, que eu interpreto, o braço direito do capitão que por vezes atua como um fantasma, atormentando o imaginário do protagonista e do seu desejo".

De João Pessoa, os Atores à Deriva voltam a Natal para começar a planejar as celebrações dos cinco anos do grupo. De acordo com Alex Cordeiro, a data vai possibilitar uma capacitação baseada em uma nova dramaturgia, feita em colaboração com o Teatro do Concreto (DF) e a Cia. Brasileira (PR).

Imagem

Jornal da Paraíba

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