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CULTURA

Cissa Guimarães trabalha como atriz e apresentadora

Cheia de energia e trabalhando num novo projeto para a TV, Cissa Guimarães fala dos eus projetos e da sua vida; veja a entrevista.

Publicado em 18/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 16:10

“A garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia”. Era assim que Miguel Falabella se referia a Cissa Guimarães na época em que ambos apresentavam o ‘Vídeo Show’ (Globo), entre 1987 e 2001. O slogan do passado, contudo, cai como uma luva ainda nos dias de hoje à atriz e apresentadora, que está cheia de energia e trabalhando num novo projeto para a TV.

No teatro, ela atua pelo terceiro ano como produtora e protagonista da peça ‘Doidas e Santas’, baseada nas crônicas da escritora Martha Medeiros (mesma autora de ‘Divã’). Já na televisão, ela prepara uma nova bateria de entrevistas para o programa ‘Fé na Vida’, do canal GNT, e está em fase de finalização de um possível quadro para o ‘Fantástico’. O nome do projeto não poderia ser mais propício: ‘Mães Coragem’. “Estamos formatando o quadro. Ainda vamos mandar para a Rede Globo analisar as questões financeiras e aprovar”, revela ela.

O relacionamento de Cissa com a Rede Globo já dura 33 anos. Tudo começou quando a atriz foi convidada pelo diretor Roberto Talma para participar de um episódio do programa ‘Malu Mulher’, em 1980, e sua estreia em novelas se deu no mesmo ano, em ‘Coração Alado’. Mas foi a parceria com a autora Glória Perez que a tornou reconhecida na teledramaturgia: Cissa participou de ‘O Clone’ (2001), ‘América’ (2005), ‘Caminho das Índias’(2009) e ‘Salve Jorge’ (2012).

Já no campo pessoal, a atriz transformou uma grande dor - a morte do filho Rafael Mascarenhas por atropelamento, aos 18 anos - na luta permanente pela redução de acidentes de trânsito. Ela, entretanto, rejeita o título de exemplo de superação. “Não acredito na superação de uma dor dessas”, confessa.

Como você chegou à televisão?

CISSA - Eu fazia teatro. Quem me trouxe para a televisão foi o (produtor e diretor) Roberto Talma, que é um eterno querido. Minha primeira novela foi ‘Coração Alado’, em 1980, mas antes disso eu fiz um episódio de ‘Malu Mulher’, chamado ‘Bill Cuba Libre Não Morreu’.

Você se lembra da estreia?

CISSA - Lembro-me da cena nitidamente. O Anselmo Duarte foi escalado como meu par. Seu personagem era um quarentão que namorava uma gatinha. Na época, eu era a gatinha (risos). Então, eu cheguei à gravação nervosíssima porque ia contracenar com o Anselmo, que era um galã. Mas ele precisou faltar e chamaram o Cláudio Corrêa e Castro, que era outro gênio.

Por que você utilizou Cissa como nome artístico e não Beatriz, que é seu nome de batismo?

CISSA - Eu não sabia falar Beatriz quando pequena. Falava só Bitisa. Aí ficou Tissinha, Cissinha e virou Cissa. Tanto que, no colégio, eu não respondia quando chamada como Beatriz. Mas você vê que pena? Beatriz é um nome lindo.

Você continua à frente do programa ‘Fé na Vida’, do GNT?

CISSA - Sim. Estamos programando um bloco novo de entrevistas para o final do ano, com estreia em novembro. Estamos selecionando as histórias e talvez saia mais um livro sobre o programa também.

A ideia de ‘Fé na Vida’ foi sua?

CISSA - Não, o projeto é do GNT. Eles fizeram uma pesquisa sobre qual assunto os telespectadores queriam ver. O resultado foi religião. Aí, teve uma nova pesquisa sobre quem o público achava que teria credibilidade para apresentar este programa. Meu nome foi escolhido.

E sobre o livro ‘Viver com Fé’?

CISSA - A editora me contatou para escrever um livro sobre a minha vida. Eu neguei. Não tive uma grande vida para merecer um livro. Meu ego não é tão grande assim. Aí, eles me convidaram para escrever um livro sobre o meu trabalho. Sugeri, então, um livro sobre esse trabalho especificamente e eles toparam. Escrevi com a diretora do programa, a Patrícia Guimarães. Além das histórias, colocamos o nosso olhar: como eu me senti, por exemplo, quando fui entrevistar uma pessoa que eu sabia que tinha um filho que se suicidou.

Alguma história em especial lhe marcou?

CISSA - Foram tantas! O Zeca Pagodinho, por exemplo. Foi a primeira vez que eu vi o Zeca falando sério na vida dele. Vida que não teve nenhuma tristeza, graças a Deus, só alegrias. Eu chorei muito nesta entrevista. O Milton Nascimento, que falou coisas que nem a assessora dele que é sua amiga há anos sabia, e a Bethânia, que concede poucas entrevistas e aceitou falar.

Por que você não quis colocar no papel a experiência que passou?

CISSA - Isso não vai vender livro. O que eu passei foi a maior dor do mundo e não vou me utilizar dela para vender livro.

Você se considera um exemplo de superação?

CISSA - Eu não sou exemplo de nada. Não superei, nunca vou superar e não acredito em superação de uma dor dessas. Não é nem um “target”, tipo: “Eu estou aqui com o meu trabalho para tentar superar”. Nunca mais vai ser 100%. Meu coração anda de muletas. Eu posso estar superfeliz agora, chegar ao Rio e morrer de saudades porque meu filho não está ali em seu quarto, que era de frente para o meu. Tem dias que eu sou um pano de chão velho: “Olha que belo exemplo!”. Vem uma dor que eu não sei nem de onde.

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Jornal da Paraíba

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