icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Documentário mostra legado do maestro paraibano José Siqueira

Regente foi um dos nomes mais importantes da música brasileira no século 20.

Publicado em 27/06/2021 às 12:01 | Atualizado em 27/06/2021 às 17:00


                                        
                                            Documentário mostra legado do maestro paraibano José Siqueira

				
					Documentário mostra legado do maestro paraibano José Siqueira

Na semana em que se comemoraria o aniversário do musicista e regente paraibano José Siqueira, as pessoas interessadas em conhecer mais sobre a sua vida têm a oportunidade de assistir ao documentário “Toada para José Siqueira”, que participa do Festival In-Edit 2021. O festival está sendo todo realizado de forma remota, por causa da pandemia, e ele está disponível para ser assistido online até este domingo (27). Para marcar a data, o Paraíba Comunidade entrevistou os diretores do filme, Rodrigo Marques e Eduardo Consonni, que falaram sobre o trabalho e um pouco mais sobre o regente.

Siqueira nasceu em Conceição, no interior da Paraíba, em 24 de junho de 1907. Aos 20 anos, se mudou para o Rio de Janeiro para estudar composição e regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. E, ao longo do século 20, se tornaria um dos principais nomes da música brasileira e mundial.

Um dos diretores do documentário, Rodrigo Marques explica que o regente foi o fundador da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) e da Orquestra Sinfônica Brasileira. E um dos principais nomes na luta para que a profissão de músico fosse reconhecida.

“Quando ele estudava na Escola de Música da UFRJ, ele via ali perto muitos músicos pedindo emprego na Cinelândia. Ele achava isso um absurdo. Foi estudar Direito, se formou advogado, para poder reconhecer o músico como um profissional”, explicou, dizendo que foi dentro desse contexto que a OMB surgiu.

Além de sua militância política, muito ligada à esquerda, foi um grande incentivador para que os diferentes estados brasileiros fundassem suas próprias orquestras sinfônicas, sendo responsável direto pelo surgimento de muitas delas. E tudo isso sem deixar de tocar e reger.

“Foi um dos grandes nomes da música clássica brasileira. Regeu orquestras do mundo inteiro, levou a música brasileira para o mundo”, comenta Rodrigo.


				
					Documentário mostra legado do maestro paraibano José Siqueira
Diretores do documentário "Toada para José Siqueira" em entrevista no Paraíba Comunidade, das TVs Cabo Branco e Paraíba. Diretores do documentário "Toada para José Siqueira" em entrevista no Paraíba Comunidade, das TVs Cabo Branco e Paraíba

História apagada

Os diretores explicam na entrevista ao Paraíba Comunidade que o filme é uma tentativa de resgatar a memória do regente, que teve sua memória apagada pela Ditadura Militar, principalmente depois da promulgação do Ato Institucional Número 5 (AI5).

Para Rodrigo, a principal importância do filme é justo tirar Siqueira do apagamento:

“José Siqueira é um intelectual da música que foi calado. Um silêncio de mais de 40 anos que o filme rompe”, destaca Rodrigo Marques.

E, para passar essa ideia de voz ativa, o documentário é todo narrado por José Siqueira. Não o verdadeiro, claro, visto que ele morreu em 1985, aos 77 anos. Mas quem dá voz a Siqueira é o renomado teatrólogo paraibano Fernando Teixeira, que é sobrinho do maestro.

O livro, a propósito, tem como inspiração inicial uma biografia escrita décadas atrás por Joaquim Ribeiro. Mas, para o documentário, foi montado uma equipe de pesquisa que vasculhou todos os acervos existentes no país em torno do personagem principal. As falas narradas por Fernando Teixeira no filme, portanto, são todas tiradas de cartas, entrevistas, documentos de José Siqueira.

"José Siqueira foi um homem de esquerda. Um militante socialista. E por isso foi perseguido pela Ditadura Militar”, lamenta Eduardo Consonni, o outro diretor do filme.

Imagem

Phelipe Caldas

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp