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CULTURA

É bomba, mas a sala lota

Filme 'Transformers, A Era da Extinção', o mais recente da franquia dirigida por Michael Bay, estreia nas telas dos cinemas paraibanos.

Publicado em 02/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 02/02/2024 às 17:44

Quem precisa de um roteiro inteligente, grandes atuações ou até mesmo uma história que faça sentido, se você tem robôs gigantes, explosões e efeitos especiais para dar e vender? É assim que pensa o diretor e produtor Michael Bay, cuja fórmula de muita ação e pouco roteiro já rendeu filmes como A Rocha (1996), Armageddon (1998), Pearl Harbor (2001), A Ilha (2005) e a quadrilogia Transformers (2007-2014).

E é o mais novo filme da franquia Transformers, A Era da Extinção - que começa a ser exibido hoje na Paraíba em pré-estreia - que prova que o pensamento de Michael Bay não está de todo errado.

Com premiéres ao redor do mundo tão megalomaníacas quanto os filmes de Bay, Transformers: A Era da Extinção (Transformers: Age of Extinction, EUA, 2014) arrecadou 100 milhões de dólares em sua estreia, quase metade do custo total do filme. É, até aqui, melhor fim de semana de estreia do ano.

"É um resultado espetacular" disse o executivo responsável pela distribuição da Paramount, Don Harris.

O público gosta Transformers, a crítica não! A revista Rolling Stone, por exemplo, deu seu terceiro zero consecutivo à franquia. Já o conceituado jornal The New York Times deu nota 4 (entre zero e 10). Mas o USA Today, Chicago Tribune, New York Post e Washington Post não chegaram a uma nota tão "alta".

“Há cineastas cuja obra é caracterizada por frugalidade, eficiência e devoção às sutilezas da expressão cinematográfica.

E então há Michael Bay, cujos filmes são sinfonias de excesso e redundância, tendo lugar em um universo cheio de fogo e metal, e livre de qualquer nuance”. É dessa maneira que o crítico A. O. Scott, do New York, Times descreve o cinema do diretor de Transformers.

Michael Bay, contudo, parece não se importar. Se a audiência é alta e o faturamento, estratosférico, é o que importa. O primeiro Transformers custou 150 milhões de dólares e arrecadou pouco mais que o dobro (cerca de 320 milhões). A Vingança dos Derrotados foi um pouquinho mais caro, 200 milhões dólares, mas gerou 400 milhões de lucro. Só O Lado Oculto é que não faturou o dobro do orçamento, mas bateu na trave: o filme de 195 milhões de dólares arrecadou 352 milhões. Isso tudo só no mercado norte-americano.

Em 20 anos, Michael Bay só amargou um fracasso comercial: A Ilha (2005). Ambiciosa ficção científica estrelada por Ewan McGregor e Scarlett Johansson custou aos cofres da DreamWorks Pictures e Warner Bros. a bagatela de 126 milhões de dólares e só arrecadou pouco mais de 35 milhões nos EUA (chegaria a R$ 163 milhões ao redor do mundo, o que é muito baixo para a contabilidade de um filme desse porte).

ROBOS GIGANTES

Com Mark Wahlberg (que havia trabalhado com o diretor em Sem Dor, Sem Ganho, lançado em 2013) entrando em campo para substituir Shia LaBeouf, protagonista dos três primeiros filmes da cinessérie, Autobots (os bonzinhos) e os Decepticons (os malzinhos) voltam a se encontrar.

Mas no inicio da trama, os robôs gigantes andam sumidos.

Caçados pelos humanos, eles andam escondidos. Até que Cade (Wahlberg) encontra, ao acaso, um caminhão abandonado, que descobre ser ninguém menos que o bonzão Optimus Prime, o líder dos Autobots.

Mas ao ajudá-lo a voltar à vida, Cade e sua filha Tessa (Nicola Peltz, de O Último Mestre do Ar), passam a ser caçados pelas autoridades norte-americanas.

Transformers: A Era da Extinção tem estreia agendada para o próximo dia 18, mas já hoje ganha sessão no Box Cinépolis, que segue pela próxima semana. A partir de amanhã, o Sercla, tanto no Tambiá Shopping, em João Pessoa, quanto no Partage, em Campina Grande, também reservam uma sessão diária para a pré-estreia do filme, assim como o CinEspaço do Mag Shopping.

FILMOGRAFIA

Quem liga para o roteiro?

BAD BOYS (1995). Na linha 'filme engraçadinho de ação', a dupla Martin Lawrence e Will Smith são policiais encarregados de encontrar um carregamento de heroína que foi roubado. Na confusão, eles invertem seus papéis familiares. Teve uma continuação em 2003 e Bay já está preparando um terceiro para 2015.

A ROCHA (1995). Logo no começo do filme, Nicolas Cage manobra um carrão para provar que é 'o herói'. Um general (Ed Harris) e seus comandados se apoderam de poderosas armas químicas e se instalam na prisão de Alcatraz com reféns. Cage conta com 'sir' Sean Connery, o único que escapou do presídio.

ARMAGEDDON (1998). São 180 minutos intermináveis de clichês apocalípticos de um asteróide em rota de colisão com a Terra. No auge da volta dos 'filmes catástrofes' na época, é embalada pelo hit piegas 'I don't want to miss a thing', do grupo Aerosmith (cujo líder, Steven Tyler, é pai da atriz Liv Tyler, que atua na produção).

PEARL HARBOR (2001). Depois de 'Armageddon', Ben Affleck volta a atuar em um filme de Bay, agora sobre o fato histórico que fez os Estados Unidos entrarem na Segunda Guerra Mundial. Recebeu seis indicações ao Framboesa de Ouro, dentre eles Pior Filme, Pior Diretor, Pior Ator (Affleck) e Pior Roteiro.

A ILHA (2004). Primeiro longa dirigido por Bay que não é produzido por Jerry Bruckheimer, a produção requenta velhas ideias presentes desde o livro '1984', de Orwell, até o 'THX 1138' (1971), filme de estreia de George Lucas. Resultado: um fracasso de bilheteria do tamanho da pretensão de Michael Bay.

SEM DOR, SEM GANHO (2013). Inspirado nos artigos do 'Miami New Times' sobre fisiculturistas que se tornaram criminosos, a comédia com Mark Wahlberg e Dwayne 'The Rock' Johnson é uma mistura de 'Fargo' (1996) e 'Pulp Fiction' (1994), segundo o próprio cineasta. Os esteróides podem afetar também o bom senso.

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Jornal da Paraíba

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