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CULTURA

Hora de tirar a poeira: 'Pau de Dá em Doido' se prepara para voltar

Grupo de vida curta e grande repercussão nacional, o PDD se separou em 2002, após uma discussão entre os integrantes

Publicado em 22/11/2015 às 8:30

A alfaia, guitarra, caixa e contrabaixo, que a partir de João Pessoa ressoaram em vários cantos do país na virada do século, estão ativos novamente. Depois de 13 silenciosos anos, a Pau de Dá em Doido está de volta aos palcos disposta a reviver os tempos áureos - e, talvez, ir mais adiante.

De vida curta (o grupo pessoense atuou entre fevereiro de 2000 e setembro de 2002), o PDD fez história ao conseguir uma projeção nacional que poucos artistas locais tiveram.

Tocaram em palcos ilustres, como Mada (RN), Free Jazz Project e Humaitá pra Peixe (ambos no RJ) e o Cine Íris (no Rio, onde anos depois o Los Hermanos gravaria um DVD ao vivo), e foram ovacionados por MTV, O Globo, Multishow etc.

Canções como ‘Cordel’ , ‘Ladeira’, ‘Boi de Fogo’ e ‘No paradeiro do que eu digo’ traduziam as influências de um grupo de rock que não era rock, regional sem ser regional, e tudo isso junto e misturado, formado por um time eclético que ouvia de cantadores de viola a Depeche Mode, passando por Jimi Hendrix e Racionais MCs.

Uma discussão em meio ao festival Paraibatuque, realizado em João Pessoa em meados de setembro de 2002, foi o estopim para o fim do grupo. “A banda tinha uma ambição que eu não entendia na época. Eu era do underground, queria tocar na rua e eles (os demais integrantes), no palco principal do Fenart (o extinto Festival Nacional de Arte)”, desabafa o vocalista Ilsom Barros, fazendo um mea-culpa hoje.

Foi Ilsom quem tomou a iniciativa de colocar um ponto final nas rusgas e levar o PDD de volta aos palcos. Em 2012, ele reencontrou um material do grupo e digitalizou. Ficou com aquela saudade no coração e em setembro deste ano, ligou para Laylson Ismar (guitarra) propondo voltar a banda.
“A gente bateu um papo, lavou a roupa suja e fomos atrás dos caras”, confirma o guitarrista, que de pronta acionou Luciano Ribeiro (alfaia, tambores). O trio queria ter de volta a formação original, que tinha sete integrantes: além de Ilsom, Laylson e Luciano, Lúcio (baixo, efeitos), César (caixa), Val (caixa) e Mercinho (percussão), mas não conseguiu todo mundo.

Lúcio chegou a participar dos primeiros ensaios da nova formação, mas resolveu não ficar. Mercinho se recupera de um acidente e César mora em São Paulo. Só Val integra a retomada na terceira formação do grupo, que se completa com Betinho Badauê (percussão, baixo), integrante da segunda formação, e o novato Dorivan Ferreira (baixo).

Lúcio e César talvez apareçam no Festival Móbile, em dezembro, quando o PDD marca oficialmente a volta aos palcos. O grupo foi escalado para a segunda das duas noites do festival, que acontece no Conventinho, no Centro Histórico da capital. Eles tocam no sábado (5), ao lado de Mombojó e Cabruêra, entre outros.

A banda leva ao palco o bom e velho repertório, desencavado a partir de fitas ‘demos’ e registros de ensaio. “Nesse primeiro show, a gente resgata o repertório antigo, com 13 ou 14 músicas. Talvez a gente coloque algo novo no meio”, informa Laylson, que lamenta ter perdido em torno de dez canções, que por falta de registro, o grupo não consegue retomar.

O som, confirmam Ilsom, Laylson e Luciano, é o mesmo de 14, 15 anos atrás. “A gente tá tirando as músicas mesmo, não tá tentando modernizar nada. O som atual é bem próximo do que era antes, com a mesma pegada”, garante Ilsom.

Por “coisa nova” entenda músicas inéditas. Ilsom tem escrito uma letra para uma base que Laylson e Luciano desenvolveram na banda Vôte, que se seguiu ao Pau de Dá em Doido. “Ainda nem tem nome”, avisa o vocalista, “mas podemos tocá-la sim”.

O grupo retorna com o pé na meia-embreagem. “A gente não ta mais com aquela coisa de vamos ganhar o mundo, sair em turnê por meses”, avisa um cauteloso Luciano, que faz coro com Laylson na vontade de registrar o velho repertório em disco - na carreira meteórica, o grupo não chegou a lançar nenhum.

Para isso, contam com a experiência de Ilsom, que tempos depois do PDD montou o Zefirina Bomba, gravou três álbuns e excursionou até no exterior, e ainda criou o selo Sub-Folk. “Acho que vai acabar acontecendo (o lançamento do disco)”, divaga o vocalista. “O Pau de Dá em Doido foi um importante agente artístico em João Pessoa”.

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Jornal da Paraíba

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