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CULTURA

Marisa Orth arrasa na TV

Entre os pontos altos da novela ‘Sangue Bom’, da Globo, está a comicidade dos frequentes embates de Damáris (Marisa Orth) com a Mulher Mangaba (Ellen Rocche).

Publicado em 14/07/2013 às 8:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:29

Entre os pontos altos da novela ‘Sangue Bom’, da Globo, está a comicidade dos frequentes embates de Damáris (Marisa Orth) com a Mulher Mangaba (Ellen Rocche). “Eu e a Ellen ficamos chocadas toda vez que chega o texto. Eu ligo para ela e falo: ‘o que é isso?’”, diverte-se Marisa. O tom leve e cômico do folhetim é tirado de letra pela atriz, que em sua bagagem ostenta mais séries de humor do que novelas. Desde sua estreia como a espevitada Nicinha, de ‘Rainha da Sucata’ (1990), a atriz paulistana participou somente de outras quatro produções: ‘Deus nos Acuda’ (1992), ‘Agora É que São Elas’ (2003), ‘Bang Bang’ (2006) e ‘Sangue Bom’ (2013). Em contrapartida, alcançou o sucesso com programas como ‘Sai de Baixo’ (1996), ‘Os Aspones’ (2004), ‘Toma Lá Dá Cá’ (2007), ‘S O.S. Emergência’ (2010) e ‘Macho Man’ (2011). Nesta entrevista, ela fala sobre a repercussão da atacada Damáris, como foi reviver a personagem Magda em quatro capítulos inéditos recém-gravados do ‘Sai de Baixo’ para o canal por assinatura Viva e suas expectativas para o futuro.

Como está sendo participar de ‘Sangue Bom’?

MARISA ORTH - Muito legal. A Damáris é uma personagem ousada. Uma espingarda de um tiro só. Geralmente, uma personagem começa mansa e vai desabrochando. A Damáris começou tentando o suicídio logo no primeiro capítulo. Ela é um ataque atrás do outro.

É um papel difícil?

MARISA - Na verdade, eu acho difícil fazê-la com muita fé, sabe? Mas os anos de ‘Sai de Baixo’ me ajudaram a não ter vergonha dela (risos).

A Damáris é diferente de tudo o que você já fez?

MARISA - Ela é diferente, mas me lembra a Maralu, uma personagem que eu fiz na banda Vexame. A Maralu era grossa e também se achava.

E a Damáris anda arrasando no funk ultimamente, certo?

MARISA - Para você ver. Eu, a essa altura da minha vida, tendo que fazer essas coisas (risos). Mas cada um ganha o dinheiro como pode, né? Era para eu estar em Harvard (Estados Unidos) neste momento, sendo intelectual e dando palestras (risos).

Você já dançava funk antes da trama?

MARISA - Mas eu não danço. Eu só me mexo bem.

Seu gosto musical mudou depois de ‘Sangue Bom’?

MARISA - Eu sempre gostei de funk! Tenho restrições a algumas letras, mas gosto do batidão e sabia que ia pegar. Acho um ritmo tipicamente brasileiro, apesar de ser influenciado pelo ritmo norte-americano.

Você se diverte com os embates entre a Damáris e a Mulher Mangaba?

MARISA - Eu e a Ellen (Rocche) ficamos chocadas toda vez que chega o texto. A gente é amiga desde os tempos do ‘S.O.S. Emergência’. Eu ligo para ela e falo: “O que é isso?”. E a Ellen responde: “É, minha filha, toda semana agora você me bate”. Mas tudo bem. Esses dias eu tomei uma surra de chicote da Mulher Pau de Jacú (Luiz André Alvim). Como vocês podem ver, algo bem leve para uma novela das sete (risos).

Você tem liberdade nas cenas da sua personagem?

MARISA - Eu só decido se vou dar uma porrada na cara da Ellen ou na bunda dela. Se ela vai cair no chão ou em cima de mim (risos). A Damáris é fruto da grande mente da Maria Adelaide Amaral e do Vincent Villari (autores da trama). Eu sou só uma funcionária.

E como é a parceira com o Joaquim Lopes, que faz o Lucindo?

MARISA - O Joaquim Lopes é um baita ator e está em um momento ótimo. Essa junção dos nossos personagens promete. Agora que meu ex, o Wilson (Marco Ricca), está com a Charlene (Mayana Neiva), nos uniremos também por vingança.

Você está tendo retorno do público?

MARISA - Sim, o ‘feedback’ é muito bom. Fazia tempo que eu não tinha essa sensação. Novela tem mais exposição. Ela atinge um público que nenhum outro produto consegue.

Ao longo da sua carreira, você fez poucas novelas e mais séries de humor. Tem preferência?

MARISA - Fazer novela é muito louco. É o produto principal da casa. Tem que ter zero estrelismo. A estrela de uma novela é o cenário. Não interessa se você tem 70 anos de carreira ou se está começando. Lá, todo mundo é igual. Caso contrário, aquilo não sai. É fábrica mesmo. Não invente de dar uma de engraçadinha que a máquina passa por cima. Mas uma série bem-sucedida também é legal. É mais caprichada, dá para fazer com mais calma. Novela é tudo muito rápido.

Os episódios inéditos de ‘Sai de Baixo’, gravados pelo canal VIVA, foram um sucesso. Deu para matar a saudade do programa?

MARISA - Foi fantástico. O ‘Sai de Baixo’ era um sonho para mim, pois sou paulistana e tinha a Rede Globo bem na Rua Augusta (as gravações eram no Teatro Procópio Ferreira). Era uma delícia gravar lá, pois, em termos de urbanização, era perto de tudo. E, com o sucesso do programa, as lojas da região ainda nos davam brindes (risos).

A Magda foi muito criticada nos primeiros anos de ‘Sai de Baixo’ por ser uma mulher-objeto. Como foi isso para você?

MARISA - Lembro-me de uma vez, no auge da Magda, que uma convenção feminista não quis me chamar. Uma antropóloga xiita, que eu não lembro o nome, disse que a Magda era a representante de tudo o que elas mais detestavam. Se a pessoa não tem discernimento para entender que o humor é uma ferramenta crítica e que eu, Marisa, estou jogando uma luz sobre essa mulher que é tratada como uma imbecil, como um bicho, desculpa. Isso não é falta de coração, mas de inteligência.

Tem algum personagem ou obra que você gostaria de fazer novamente, como aconteceu com a Magda?

MARISA - Fiz a peça ‘Fica Comigo Esta Noite’ aos 20 e poucos anos e aos 40 anos. Irei fazê-la novamente quando completar 60 anos.

Por quê?

MARISA - Primeiro, porque adoro esta peça. Ela é uma obra prima do Flávio de Souza e um grande exercício para uma atriz. Pode ser feita por mulheres de diferentes idades e é uma ferramenta de autoconhecimento. Quando fiz essa peça na casa dos 40 anos, o diretor virou para mim um dia e falou: ‘Por que você está imitando uma senhora?’ Eu não precisava imitar mais, né? Eu já era uma senhora.

Você atuou recentemente no musical ‘A Família Addams’. Tem planos para outro projeto desse gênero?

MARISA - Olha, musical é muito puxado! Fiz os dois últimos meses de ‘A Família Addams’ com as primeiras gravações de ‘Sangue Bom’ Era de enlouquecer qualquer um. Só o Daniel Boaventura consegue uma coisa dessas. É um volume de trabalho muito grande, anormal. Novela e musical são parecidos nesse aspecto. É muita ralação. Como saí de um e caí em outro, vou querer férias ao final da novela.

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Jornal da Paraíba

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