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CULTURA

O relato do sobrevivente

Escritor Levi Wenceslau lança seu primeiro livro nesta sexta-feira (14); autor conta como a literatura ajudou a enfrentar a tetraplegia.

Publicado em 14/02/2014 às 6:00

Antes do acidente automobilístico que lhe causou uma grave lesão na coluna cervical, em 2007, o jovem Levi Wenceslau, então com 24 anos, podia andar e correr. Não podia, porém, voar com a literatura, algo que só aconteceu depois do diagnóstico da tetraplegia que lhe colocou definitivamente em uma cadeira de roda.

"Eu não sabia que eu sabia escrever, não sabia que eu sabia contar uma história", comemora o escritor que estreia hoje com o livro de Cadeira Elétrica: Memórias de quem Sobreviveu (Independente, 190 páginas, R$ 30,00), relato que parte do acidente, ocorrido em um trecho da BR-101 entre Recife (PE).

O autor apresenta a obra nesta sexta-feira, às 19h30, na Usina Cultural Energisa (no bairro da Torre). Apesar do peso e da contundência do título, Levi revela que o texto não é nada melancólico: "Apesar da situação trágica, não é um relato depressivo, mas que mostra como minha vida mudou desde então e a grande capacidade de alguém se adaptar a uma situação extrema."

Levi, que atualmente mora em Salvador (BA), para onde se transferiu em 2009, em razão da reabilitação que visa a lhe conferir maior autonomia, começou a escrever em 2010, por sugestão dos médicos e incentivo dos mais próximos. "Depois de muitas tentativas de digitar no computador eu acabei conseguindo. Inicialmente, fiz um diário com os acontecimentos do dia a dia. Não tinha a pretensão de transformá-lo em um livro. Acabou funcionando como uma terapia: colocar os eventos em ordem cronológica de alguma forma organizava minha mente, construindo uma linha do tempo."

Lembrar o momento do acidente, que ocorreu em um 2 de maio, data do aniversário de Levi, foi a etapa mais dolorosa desta terapia. "Não foi nada fácil relembrar o acidente nem foi nada prazeroso relatá-lo", admite. "O carro colidiu com um cavalo. Havia cinco ocupantes no automóvel, apenas eu fiquei ferido gravemente."

A partir das leituras despertadas durante o tratamento, Levi foi aos poucos se aproximando da literatura e hoje cursa o quarto ano de Psicologia, sua nova paixão. "Eu não era um leitor assíduo. A literatura era mais um recurso para passar o tempo. Hoje eu ingressei na faculdade e algumas pessoas têm me motivado a continuar escrevendo. Tem sido bom pra mim."

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Jornal da Paraíba

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