Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg, é grande estreia nos cinemas nesta quinta-feira

Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg, é grande estreia nos cinemas nesta quinta-feira

Steven Spielberg vai fazer 75 anos no próximo dia 18 de dezembro. Nove dias antes, ele nos entrega a sua versão de Amor, Sublime Amor (West Side Story), que chega aos cinemas do mundo nesta quinta feira (09). O filme seria lançado no Natal de 2020, mas foi adiado em um ano por causa da pandemia.

É o primeiro musical de Spielberg. Se tomarmos como referência Encurralado, de 1971, feito originalmente para a televisão, mas logo lançado nos cinemas, são 50 anos de carreira realizando filmes de longa-metragem. O cineasta levou, então, uma vida, para incursionar por este gênero que deu grandes clássicos ao cinema.

Em seu primeiro musical, Steven Spielberg não quis revolucionar o gênero. Não quis dirigir um filme que transformasse o gênero em algo que ficasse conhecido como antes e depois de Spielberg. Não quis provocar uma ruptura. Não. Nada disso. Spielberg é um homem velho. Não precisa mais dessas coisas.

Mas o cara que nos deu Tubarão, E.T. e A Lista de Schindler se permitiu uma tarefa muito mais árdua: refilmar um clássico absoluto do gênero. Assinar o remake de um filme que, aí sim, revolucionou um gênero, fazendo a passagem do seu período clássico para um tempo de musicais modernos.

A primeira versão de Amor, Sublime Amor tem 60 anos. Transpõe para a telona o musical que chegou aos palcos em 1957. Robert Wise, que divide a direção com Jerome Robbins, já entrara tanto no mundo do boxe (Punhos de Campeão) quanto no da ficção-científica (O Dia em Que a Terra Parou).

Amor, Sublime Amor foi um sucesso. Na cerimônia do Oscar de 1962, depois de receber 11 indicações, arrebatou 10 estatuetas. O filme lotou os cinemas e recebeu o aplauso da crítica. Já adquirira status de verdadeiro clássico quando voltou, no início dos anos 1970, para comemorar seu décimo aniversário.

Sua história é inspirada em Romeu e Julieta. No lugar de opor duas famílias, como na trama de Shakespeare, opõe duas gangues na Nova York da década de 1950. Americanos cujas famílias vieram da Europa e imigrantes vindos de Porto Rico brigam nas ruas, enquanto, entre eles, nasce o amor de Tony e Maria.

Amor, Sublime Amor, o de 1961, é simplesmente deslumbrante. Por tudo o que há nele. O libreto e as danças se fundem com as melodias inesquecíveis escritas pelo maestro Leonard Bernstein, grande figura que transitou entre o erudito e o popular na música do século XX.

No elenco (fiquemos com duas mulheres incríveis), temos a Maria de Natalie Wood e a Anita de Rita Moreno, que faz uma ponta na nova versão. O duo delas em A Boy Like That/I Have a Love é extraordinário, um dos pontos altos do filme. Tanto quanto Mambo, Maria, America, Tonight e Somewhere.

Os que amam, como eu, Amor, Sublime Amor há muito esperam pelo remake de Steven Spielberg. O que a refilmagem nos reserva? Que seja um tributo com a assinatura de um grande cineasta, jamais uma decepção. Veremos na quinta-feira.