Hoje, essas notícias tristes vêm pelas redes sociais.
Nesta terça-feira (11), logo cedo, foi a morte de Babi Paiva.
Músico incrível!
Grande contrabaixista!
Babi e Paulo (que já se foi). Ou Paulo e Babi. Não importa a ordem.
Eram irmãos.
Irmãos duas vezes.
Biológicos e na música.
A casa modesta ficava na Monsenhor Almeida, antiga Minas Gerais, do lado direito de quem ia da Aderbal Piragibe para a Vasco da Gama.
Pai, mãe, duas filhas, dois filhos.
Babi e Paulo. Ou Paulo e Babi.
Lá, eles me mostraram Thick as a Brick, do Jethro Tull.
Lá, sentei no chão para ouvi-los tocar violão e cantar.
Eram muito bons.
Se fosse escolher o melhor músico dos dois, difícil escolha, ficaria com Babi.
Mas Paulo era mais afável.
Babi era muito introspectivo, por trás da barba fechada e dos óculos que não disfarçavam a severa miopia.
Ele fez parte de uma intensa cena musical da João Pessoa da década de 1970.
Foi dos conjuntos de baile ao underground e sabia tudo do seu ofício com uma intuição invejável e um talento extraordinário.
Sou contemporâneo e sei: Babi foi de um tempo em que Jaguaribe era um lugar cheio de artistas.
Sua morte dá uma saudade danada da arte que havia naquelas casas simples do nosso bairro.