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CULTURA

Tecnobrega é o novo jazz

Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, a cantora paraense Gaby Amarantos, fala sobre a relação entre o tecnobrega e o jazz. Confira.

Publicado em 03/02/2013 às 6:00


Ela já foi chamada de 'Beyoncé do Pará', título que hoje até o seu iPod renega: no aparelho que sempre a acompanha nas turnês, fora do palco, ecoam as vozes rascantes das grandes divas do jazz.

O que Gaby Amarantos, a paraense que saiu da periferia de Belém para se tornar uma das grandes revelações da música pop brasileira, tem em comum com Billie Holiday ou Ella Fitzgerald?

Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, a cantora que anima os foliões das Virgens de Tambaú neste domingo, em João Pessoa, responde.

"Acontece com o tecnobrega mais ou menos o que aconteceu com o jazz no passado. As mesmas pessoas que um dia o discriminaram vão descobrir, mais tarde, que ele é um dos ritmos mais sofisticados do mundo", diz a musa do bloco, que se concentra a partir das 16h na Avenida Epitácio Pessoa, com saída prevista para as 18h.

Para Gaby Amarantos é assim: polêmica pouca é bobagem.

Semana passada, depois que ouviu 'One way trigger', faixa que os Strokes lançaram no site oficial da banda, a cantora acionou o Twitter para comentar com seus fãs: "Agora me diz se essa música dos Strokes num ta super TECNOBREGA!" (sic).

Segundo ela, não foram só os Strokes que beberam da tijela de açaí do Mercado Ver-o-Peso: "Os Pet Shop Boys e o A-ha sempre tocaram tecnobrega", garante. "Aqueles tecladinhos e aquelas batidinhas eletrônicas não me deixam enganar".

A intérprete, que traz para a Paraíba o repertório do CD Treme (Som Livre, R$ 14,90), afirma que é uma "pesquisadora de música" e ouve de tudo, "de música erudita até as maiores bagaceiras da música brasileira".

"Além de trabalhar com música, eu escuto música o tempo inteiro. Se eu não estou gravando, estou ouvindo rock'n'roll, heavy metal, trash metal e jazz", enumera Gaby, que em seu site relaciona Lady Day como sua cantora predileta.

"Ouvir Billie Holiday, ou melhor, apreciá-la, pra mim, é uma grande aula", exalta a jovem que, este ano, pretende lançar o DVD Gaby - Live in Jurunas, registro do show que fez no bairro que é um dos mais populosos da capital paraense.

DO PARÁ PARA O MUNDO

Gravado pelo videomaker francês Vincent Moon (que já trabalhou com Arcade Fire e R.E.M.) e dirigido por Priscilla Brasil (que repete a parceria do clipe 'Xirley, vencedor do VMB 2012), o DVD mostra todo o apelo visual de Gaby Amarantos, que tem a palavra final de todo o figurino elaborado especialmente para ela por uma equipe de estilistas

"Tudo tem um toquezinho meu e da Priscilla Brasil, que também é minha empresária. Os estilistas caem em campo para pesquisar modelos que traduzam a minha identidade visual", explica uma artista vaidosa, mas que faz questão de lembrar de sua origem humilde quando lhe são depositados os rótulos de 'promessa' ou 'aposta', palavras que orbitam em torno dela depois que chamou a atenção de nomes como o crítico musical Nelson Motta.

"Eu me sinto super tranquila com estes rótulos porque sei de onde eu vim e sempre acreditei na minha realidade", ressalta.

"Tudo que conquistei foi com trabalho e sei que este ano será intenso", profetiza Gaby, que lembra que se sentiu meio "perdida" no início de 2012, mas virou 2013 "sabendo exatamente o que fazer".

Guardando mistério em relação ao próximo clipe, que deve lançar em breve, Gaby Amarantos diz que está ansiosa para se apresentar hoje em João Pessoa: "Acho que, de todos os shows que a gente já fez, esse é o mais esperado porque estou recebendo muitos recados nas redes sociais. Tô sentindo que vai ser muito bom".

A cantora, que organiza seu próprio bloco em Belém do Pará no período momesco, onde toca marchinhas e sambas enredos adaptados para a batida eletrônica, acha sua sonoridade perfeita para o Carnaval: "Funciona super bem porque é uma música muito animada", resume.

No ano em que o Brasil esquece um pouco o frevo e o axé para se render ao batidão e voltar os olhos para Belém do Pará, Gaby Amarantos avisa: "Só agora estão começando a sacar o tecnobrega, mas esse é só um dos ritmos, um dos estilos que a gente tem a oferecer. Nós temos uma cena muito forte que o mundo ainda vai conhecer".

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Jornal da Paraíba

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