Videogame, gastronomia e tecnologia são os carros-chefes do Campus Festival 2015

Realizado pela Luz Criações, em parceria com a Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), o Campus Festival chega a sua terceira edição com fôlego para estimular jovens empreendores, ensinar que videogame vai além do mero entretenimento e promover o encontro de um público ávido por arte, economia criativa e tecnologia com algumas das mentes mais brilhantes e criativas, de dentro e fora da Paraíba.

De 19 a 22 de novembro, as dependências do Espaço Cultural José Lins do Rego, em Tambauzinho, João Pessoa, serão tomadas pela programação do festival, cujo carro-chefe são os shows de música, oito grandes palestras e 32 mesas-redondas, além de uma infinidade de atrativos entre a Praça do Povo o Teatro de Arena.

O evento foi formalmente apresentado na manhã desta terça-feira (20) pelo sócios Will Fonseca e Tiago Quirino, ao lado da presidente da Funesc, a professora Márcia Lucena. Will e Tiago explicaram a abrangência do Campus Festival 2015, repetindo a frase com cara de slogan que estampa o vídeo promocional do evento: não é só um festival de música.

Um dos carros-chefes do evento, a programação musical se destaca por reunir, na Praça do Povo do Espaço Cultural Nando Reis, Otto, Dois Africanos e Seu Pereira e Coletivo 401, além de duas outras atrações locais, que serão anunciadas em breve.

“A gente ouviu o público. A gente fez enquetes no ano passado para saber quem o público gostaria de ver no Campus Festival, e a Nação Zumbi venceu essa enquete. Então tratamos de viabilizar a vinda deles para o festival (no ano passado). Este ano, foi Nando Reis”, comenta Will Fonseca sobre a curadoria de música.

Mas como eles mesmos destacam, não para na música. Este ano o Campos Festival dará uma atenção toda especial aos jogos de videogame, um negócio bilionário que hoje movimenta mais dinheiro que a industria do cinema e já é considerado pelo Ministério da Cultura (Minc) um seguimento cultural ligado ao audiovisual.

“A gente vê o game como um esporte, e de fato o é. Por exemplo: há dois meses teve um campeonato de um jogo, cuja premiação foi 18 milhões de dólares. É mais que a Libertadores da América”, compara Tiago Quirino, ressaltando que há uma demanda considerável por jogos de videogame e, por isso, eles resolveram dar uma atenção especial este ano, incluindo, até, um espaço para desenvolvedores independentes (os chamados ‘indies’).
A programação é quase toda gratuita - a exceção são os shows de música e as oito palestras, que serão realizadas no sala de concertos José Siqueira - a programação completa será anunciada em breve.

Mesmo sem um real no bolso, o público poderá conferir espetáculos de teatro, dança e circo, exposições de artes visuais, feiras de livros, artesanato e tecnologia e ainda jogar videogame e concorrer a prêmios em dinheiro.
Além disso, haverá uma mostra de pesquisa e desenvolvimento, uma maratona de projetos inovadores e até um ‘Demo Day’, em que projetos empreendedores poderão ser apresentados a investidores. “São vários eventos em um só evento”, resume Quirino.

Em seu pronunciamento, a presidente da Funesc diz que a garra da dupla Will-Tiago despertou o interesse da fundação pelo projeto. “Não é um projeto de uma linguagem só”, pontuou Mércia Lucena. “Nós estamos investindo em uma coragem que não é bravata, tem consistência, e eu acredito na edição deste ano, pois eles vêm mais sólidos pela experiência que adiquiriram nas outras edições”.

A Funesc é parceria do Campos Festival desde 2014.