Receita envia carta para 450 mil contribuintes que caíram na malha fina

Receita Federal contabilizou R$ 75,13 bilhões em autuações no primeiro semestre de 2015, aumento de 39,7%. 

A Receita Federal vai encaminhar, até setembro, 450 mil cartas para os contribuintes pessoas físicas que caíram na malha fina e têm tributos a pagar conforme declarações de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2014 e 2015. Na Paraíba existem quase 6 mil contribuintes com a declaração do Imposto de Renda retidas em malha fina. Segundo a delegacia da Receita Federal de Campina Grande, o Fisco enviou cartas a esses contribuintes comunicando as possíveis falhas existentes na declaração e alertando para que façam a retificadora online.

Segundo o subsecretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Jung Martins, esses contribuintes possuem em suas declarações indícios de irregularidades que podem ser resolvidos com a autorregularização. O total de cartas que será enviado representa 55% das declarações retidas em malha fina em todo o Brasil.
O Projeto Cartas da Receita Federal pretende orientar os contribuintes que caíram na malha fina a autorregularizar suas declarações de IRPF 2014 e 2015, reduzindo o número de declarações retidas para análise. A retificação das informações pode ser feita no site da Receita Federal.

AUTUAÇÕES CRESCEM
A Receita Federal contabilizou R$ 75,13 bilhões em autuações no primeiro semestre de 2015, aumento de 39,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. A maior parte dessas autuações teve como alvo os chamados grandes contribuintes, que foram responsáveis por 75,8% das ações de fiscalização nos primeiros seis meses deste ano. Esses contribuintes correspondem a 66% da arrecadação das receitas administradas pelo fisco.

Na divisão por segmentos da economia por pessoa jurídica, o comércio foi autuado em R$ 10,9 bilhões, aumento de 120,3% na comparação com o primeiro semestre de 2014. Outras empresas que também registraram aumentos expressivos de autuações do fisco foram as do ramo de prestação de serviços (114,2%), sociedades de participação (72,8%) e construção civil (70,6%). Já na divisão por pessoas físicas, o segmento de desportistas (na maior parte atletas de futebol) desembolsou R$ 237 milhões para acertar irregularidades com a Receita, aumento de 349,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado. (Com Folhapress)