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ECONOMIA

Informais dobram vendas com biometria

Ambulantes aproveitaram as longas filas para oferecer água, lanches e até mesmo serviços como a plastificação dos títulos.

Publicado em 22/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/01/2024 às 18:46

Comerciantes informais que atuam nas ruas de João Pessoa dobraram o faturamento na última semana de recadastramento biométrico promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), principalmente ontem, durante o encerramento oficial do processo.

Com estoques de água e lanches, os ambulantes aproveitaram as filas de eleitores, que deixaram para se recadastrar de última hora e tiveram que enfrentar forte sol e calor, para vender seus produtos. Somente em João Pessoa, nove locais ofereceram recadastramento e longas filas eram lugar comum.

Para a vendedora de água, Eliana Carneiro, o recadastramento ajudou a aumentar em mais de 50% o faturamento mensal que ela tem conseguido atingir trabalhando em uma das entradas principais de um shop- ping da capital. Só no final da manhã de ontem, a vendedora já havia ultrapassado a meta de vendas de dois dias de trabalho, que é de 1.500 unidades.

Com as vendas impulsionadas pelo calor intenso, a comerciante deve ter facilmente atingido sua meta ao final do dia. “O fato de ter trabalhado mais de 12 horas por dia, chegando no ponto de vendas sempre às 6h, ajudou-me a aproveitar o momento e aumentar meus rendimentos”, destacou a ambulante, que ficou próximo ao Fórum Eleitoral, na Rua Odon Bezerra, em Tambiá.

Já o vendedor de lanches, Marcélio Pontes, que circula pela Praça 1817 e também aproveitou o período de recadastramento biométrico para aumentar as vendas próximo ao fórum, disse estar muito satisfeito com o resultado obtido. “Tive um acréscimo significativo nas vendas de salgados e caldo de cana”, comemorou Marcélio, informando que chegou a abastecer o carrinho duas vezes mais do que em dias de trabalho normal.

EMPLASTIFICADORES

Além de produtos alimentícios, outras atividades econômicas também foram beneficiadas durante o recadastramento, que mobilizou muitos eleitores retardatários nos turnos da manhã, tarde, noite e parte da madrugada, na capital paraibana. Esse foi o caso dos emplastificadores de documentos e entregadores de panfletos promocionais de lojas.

De acordo com Madalena Batista, o serviço de plastificação de documentos também sentiu o impacto positivo do recadastramento biométrico, mas considerou o faturamento melhor durante os agendamentos.

“Quando as pessoas vinham com hora marcada, tinham mais disposição para plastificar o título. Mas depois de passar horas na fila, muitos só pensam na hora de chegar em casa”, observou Madalena, sem deixar de considerar o período positivo para o comércio informal.

VENDAS DE VAGAS

Outra forma de ganhar dinheiro que surgiu com o recadastramento, mas nem tão legítima como a dos vendedores ambulantes, foi a de “vendedor de vagas”. Eleitores denunciaram que pessoas se aproveitaram do momento para “vender” vagas na fila por preços que variaram entre R$ 100,00 e R$ 150,00. Segundo a denúncia, grupos de homens e mulheres chegaram nas primeiras horas da madrugada e conseguiram negociar as primeiras fichas de atendimento do dia, de forma oportunista.

TRABALHADORES QUE FALTARAM TERÃO QUE PAGAR

Mas o recadastramento biométrico não teve apenas impactos financeiros positivos. Teve trabalhador que perdeu o dia de trabalho e vai sentir no bolso o peso de ter deixado a obrigação eleitoral para a última hora. “A fábrica de confecções não me liberou para o recadastramento, por isso tive que faltar ao trabalho. Mas já sei que terei o dia descontado”, comentou Maria da Guia da Silva, que lamentou o fato de não ter acesso à internet, muito menos saber fazer o agendamento.

“Senti-me excluída e de certa forma punida por não saber usar o computador, pois para não ver o meu título cancelado vou perder mais de R$ 30,00 do meu salário, além de ter gasto mais de R$ 10,00 em lanches”, reclamou a trabalhadora.

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Jornal da Paraíba

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