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ECONOMIA

Microempreendedores lideram novas empresas

Mais de 70% dos 22.308 empreendimentos abertos em 2013 foram de Microempreendedores Individuais, segundo Junta Comercial. 

Publicado em 11/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 10/01/2024 às 16:14

O baixo custo de abertura e manutenção foi um dos principais fatores para que os Microempreendedores Individuais (MEIs) liderassem no volume de novas empresas no ano passado.

Segundo informações da Junta Comercial do Estado (Jucep), mais de 70% dos 22.308 empreendimentos abertos em 2013 estavam encaixados nesse perfil de negócio.

No total foram 15.655 MEIs, crescimento de 14,88%, quando comparado com 2012. De acordo com o presidente da Jucep, Aderaldo Gonçalves, essa modalidade de negócios faz parte do perfil paraibano, com formalização em ascendência. “Ainda há muita gente no mercado informal na Paraíba. Essas pessoas estão tendo acesso à formalização e percebem que é vantajoso se tornar um Microempreendedor Individual, porque se formalizam com baixo custo de carga tributária”.

Além das 15.655 MEIs, a Paraíba ganhou, em 2013, 6.653 outros empreendimentos, sendo 5.118 microempresas, 952 novas filiais e 583 empresas de pequeno porte, totalizando a abertura de 22.308 novos negócios, alta de 8,79% em relação a 2012, quando foram criadas 20.505 novas empresas.

Na avaliação de Aderaldo Gonçalves, o resultado de 2013 foi considerado satisfatório para a economia do Estado. “É um resultado que dá possibilidade de novos postos de trabalho, gerando emprego e renda, aumenta a arrecadação de tributos”.

Em relação ao cenário econômico do país, de baixo crescimento e instabilidade, que poderia inibir a criação de novas empresas, o especialista foi cauteloso. “Quando há estabilidade econômica, se cria expectativas em todos os ramos de atividade, é uma ordem natural de mercado, mas em ambiente de instabilidade, há menor expectativa, mas não podemos afirmar com precisão que o cenário assustou os empresários paraibanos”, explicou Aderaldo Gonçalves.

Um desses novos empresários foi André Jorge, que ano passado resolveu abrir um restaurante de comida caseira em João Pessoa. Mesmo com cenário de instabilidade econômica, o empresário enxergou espaço no mercado de alimentos. “Não tivemos medo do cenário econômico, porque percebemos que havia uma demanda alta de pessoas que precisavam de um restaurante onde nos instalamos. São pessoas que trabalham e precisam almoçar fora de casa, não têm tempo de preparar suas comidas”, disse.

Além da demanda em alta, o empresário disse que a proposta diferenciada do restaurante 'Nossa Casa' contribuiu para solidificar os negócios. “Estamos com ótima aceitação, não só pela qualidade do self-service, mas também porque criamos um ambiente agradável, com wi-fi livre para os clientes.

Montamos um espaço com almofadas e cadeiras espreguiçadeiras, para o cliente descansar”, destacou André.

EMPREGABILIDADE É MAIOR NA PB

Apesar de o limite ser de até um empregado por estabelecimento, a modalidade do Microempreendedor Individual (MEI) tem índice de empregabilidade na Paraíba acima da média nacional. Segundo a gestora de Políticas Públicas do Sebrae na Paraíba, Bera Wilson, os empreendedores individuais no Estado têm taxa de 16,7% de empregados, enquanto a média do país é de 13,1%. “É bom lembrar que a maioria dos Microempreendedores Individuais no Brasil não tem empregados e a Paraíba é um dos estados do Nordeste que mais empregam”, afirmou.

“Com a falta de grandes empresas que absorvam essa mão de obra, são os pequenos negócios que empregam mais no Estado em todas as modalidades e vêm obtendo relevância na geração de empregos nos últimos anos”, destacou.

Bera também acredita que os MEIs têm liderado a abertura de empresas no Estado devido à facilidade para a formalização do negócio, que conta com despesas menores, procedimentos simplificados e a desoneração da carga tributária envolvida para a manutenção da pessoa jurídica.

“Além disso, ainda há a cobertura previdenciária, beneficio que atraiu até as mais simples atividades econômicas como a manicure, costureira, entre outras que eram desenvolvidas na informalidade e sem apoio”, ressaltou.

Com base em dados da Junta Comercial, sete em cada dez empresas criadas na Paraíba no ano passado foram de empreendedores individuais. As microempresas vieram em segunda maior proporção (5.118). Completam a lista as empresas de pequeno porte (583) e as novas filiais (952).

Para a gestora, a modalidade é a mais indicada para quem não quer se arriscar muito. “O ideal para quem está começando é minimizar os riscos. Começar como um Micro Empreendedor Individual é uma boa alternativa para quem pensa em crescer e aprender com a atividade escolhida”, finalizou.

NOVA CONTRIBUIÇÃO

Devido ao reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 678 para R$ 724, o microempreendedor individual passou a recolher R$ 36,20 no último mês para a Previdência Social neste mês de fevereiro, referente ao pagamento de janeiro.

O aumento corresponde à contribuição do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que é de 5% do piso salarial. Além da contribuição para o INSS, os integrantes desta categoria pagam por mês o valor fixo de R$ 5, referente ao ISS, caso seja prestador de serviço, ou R$ 1 de ICMS, para quem atua no comércio ou indústria.

Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar, no máximo, R$ 60 mil por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular, podendo ter um empregado contratado que receba o mínimo ou o piso da categoria (Colaborou Phillipe Xavier).

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Jornal da Paraíba

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