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ECONOMIA

Ministra divulga vídeo da prisão do casal Braiscompany: 'Argentina não é mais refúgio de delinquentes'

Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais foram presos na quinta-feira (29), na Argentina. Vídeo da prisão do casal Braiscompany foi divulgado nas redes sociais da ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich.

Publicado em 01/03/2024 às 14:37


                                        
                                            Ministra divulga vídeo da prisão do casal Braiscompany: 'Argentina não é mais refúgio de delinquentes'
Antonio Ais e Fabricia Farias foram encontrados na Argentina; vídeo da prisão do casal Braiscompany foi publicado pela ministra da Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich. Foto: Patrícia Bullrich/Reprodução

A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, divulgou um vídeo da prisão do casal Braiscompany, Antonio Neto Ais e Fabrícia Farias, na quinta-feira (29). O casal liderou o esquema de pirâmide financeira da Braiscompany, responsável por desviar mais de R$ 1 bilhão de mais de 20 mil clientes, e que também foram condenados pela Justiça a uma pena somada de 150 anos, por crimes contra o sistema financeiro. 

Em postagem em uma rede social, Patrícia Bullrich publicou o vídeo da prisão do casal Braiscompany e escreveu que a “Argentina não é refúgio de delinquentes”, se referindo ao casal que estava foragido há 1 ano no país que faz fronteira ao Brasil. 

O golpista mais procurado do Brasil, preso no nosso país. Ele escapou do Brasil com 400 milhões de dólares após um esquema de pirâmide com criptomoedas. Antonio Da Silva Neto e sua esposa estavam em Escobar (localidade na Argentina), onde a Interpol PFA os deteve”, ressaltou na publicação. 

Vídeo da prisão do casal Braiscompany

Antônio e Fabrícia foram presos perto do condomínio onde o casal estava escondido, na Argentina. De acordo com a Polícia Federal, Antônio Ais estava vivendo no local com a esposa Fabrícia Ais, e fazia uso, inclusive, de uma academia de ginástica.

Segundo a sentença que condenou o grupo, estima-se que, até o momento, 16% do R$ 1,1 bilhão movimentado pelo esquema (R$ 176 milhões) foram desviados diretamente em favor do casal.

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Os advogados Nelson Wilians e Santiago Andre Schunck, representantes legais de Antônio Inácio da Silva Neto e sua esposa, esclareceram que até o presente momento não tiveram acesso aos detalhes relativos à prisão. “Enfatizamos nossa confiança no sistema judicial e acreditamos que, no curso do processo, todos os aspectos relacionados ao caso serão esclarecidos, com serenidade".

O "casal Braiscompany" já foi condenado pela Justiça. Antônio Inácio da Silva Neto pegou uma pena de 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia Farias, 61 anos e 11 meses. Também foram condenados outos 9 réus. O montante a ser reparado é de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo.

Entre os crimes citados na sentença do juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande Vinícius Costa Vidor, estão operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais.

O nomes de Antônio e Fabrícia estavam desde fevereiro de 2023 na lista de procurados da Interpol, a polícia criminal internacional que age em todo mundo.


				
					Ministra divulga vídeo da prisão do casal Braiscompany: 'Argentina não é mais refúgio de delinquentes'
Antônio Ais durante prisão na Argentina. Foto: TV Paraíba/Reprodução. Antônio Ais durante prisão na Argentina. Foto: TV Paraíba/Reprodução

O caso Braiscompany

A Braiscompany foi alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 16 de fevereiro de 2023, que teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. As ações da PF aconteceram na sede da empresa do 'casal Braiscompany' e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em João Pessoa e em São Paulo. A operação foi nomeada de Halving.

A empresa, idealizada pelo casal Antônio Ais e Fabrícia Ais, era especializada em gestão de ativos digitais e soluções em tecnologia blockchain. Os investidores convertiam seu dinheiro em ativos digitais, que eram “alugados” para a companhia e ficavam sob a gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela locação dessas criptomoedas.

Um ano após a operação ser deflagrada, os dois sócios da Braiscompany, suspeitos do golpe financeiro, seguem foragidos.

O que a Braiscompany oferecia?

O 'casal Braiscompany' prometia um retorno financeiro ao redor de 8% ao mês, uma taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado. Milhares de moradores de Campina Grande investiram suas economias pessoais na empresa, motivados pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos. Antônio Neto Ais, o fundador da companhia, disse em uma live que gerenciava R$ 600 milhões de 10 mil pessoas.

De acordo com a PF, os sócios da Braiscompany movimentaram cerca de R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos.

Demais condenados

No dia 13 de fevereiro de 2024, o juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande, Vinícius Costa Vidor, publicou sentenças do processo que apura o esquema de fraudes na Braiscompany.

Foram condenados o 'casal Braiscompany', Antônio Inácio da Silva Neto (88 anos e 7 meses) e Fabrícia Farias (61 anos e 11 meses), além de outros 9 réus e um montante a ser reparado de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo.

Confira os nomes e penas:

  1. Antônio Inácio da Silva Neto – 88 anos e 7 meses
  2. Fabrícia Farias – 61 anos e 11 meses
  3. Mizael Moreira da Silva – 19 anos e 6 meses
  4. Sabrina Mikaelle Lacerda Lima – 26 anos
  5. Arthur Barbosa da Silva – 5 anos e 11 meses
  6. Flávia Farias Campos – 10 anos e 6 meses
  7. Fernanda Farias Campos – 8 anos e 9 meses
  8. Clélio Fernando Cabral do Ó – 19 anos
  9. Gesana Rayane Silva – 14 anos e 6 meses
  10. Deyverson Rocha Serafim – 5 anos
  11. Felipe Guilherme de Souza - 18 anos
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Jornal da Paraíba

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