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ECONOMIA

Sacoleiras continuam como profissão em alta

Publicado em 05/04/2015 às 9:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 11:02

Lojas de Pronta Entrega ampliaram clientes formalizados com entrada de mulheres no mercado

Seja como meio de vida, ou apenas para complementar a renda, a antiga profissão de sacoleira continua em alta, e não deve acabar. “Por mais que exista a facilidade das compras online as pessoas gostam de tocar, de provar, principalmente roupas”, disse o analista do Sebrae Paraíba, Fábio Jorge. A vendedora Kelly Batista, da Danny Pronta Entrega, contou que a loja tem quase três mil clientes cadastrados.
As lojas de pronta entrega trabalham com dois tipos de clientes: as sacoleiras e os lojistas. O público geral não tem acesso a essas lojas, já que as roupas são vendidas apenas no atacado para que possam ser revendidas posteriormente com uma margem de lucro. Por isso é importante que os clientes sejam cadastrados.
Gilmara Leandro, gerente da pronta entrega Tippo, afirmou que a maior parte dos clientes da loja são realmente as sacoleiras, e ela acredita que procura vem crescendo. “Nossas clientes na maior parte das vezes são mulheres, e hoje em dia vemos uma tendência de as mulheres procurarem cada vez mais a independência financeira. Acho que tem aumentado a procura de mulheres que querem se tornar autônomas”, avaliou.
Para a gerente, lojas virtuais ou shopping centers não representam concorrência para as sacoleiras, porque geralmente as pessoas que utilizam esses serviços não têm tempo para procurar lojas ou fazer muitas pesquisas de preços online. Além disso, pessoas que estão com o nome cadastrado nos serviços de proteção ao crédito também costumam fazer compras dessa forma, já que as sacoleiras não verificam se o cliente tem nome no SPC ou Serasa.
A inadimplência, porém, também acaba se tornando um problema para a categoria, e Gilmara afirmou que algumas das clientes da pronta entrega estão parando de vender por causa disso. “Elas precisam pagar o fornecedor e como vão comprar mais mercadoria se o cliente não paga?”. Muitas vezes a inadimplência se dá pela própria informalidade do negócio, onde é comum a sacoleira efetuar a venda e só cobrar o dinheiro no final do mês ou do mês seguinte.

OUTRA OPINIÃO


A vendedora Kelly Batista, da Danny Pronta Entrega, disse que observou uma diminuição de cerca de 20% no número de sacoleiras ao longo dos oito anos de existência da loja. A vendedora acredita que a profissão já não é mais tão lucrativa, porque hoje em dia mesmo pessoas de baixa renda conseguem ter acesso a lojas onde há mais opções de modelos, e o pagamento é facilitado e parcelado.
Além disso, a facilidade para viajar e comprar roupas em outras cidades e estados também aumentou. Atualmente é possível encontrar uma grande variedade de modelos com preços acessíveis pela internet, em lojas nacionais e internacionais. Muitas dessas lojas virtuais oferecem descontos e promoções relâmpago e algumas não cobram o frete da entrega.
O empresário do ramo do vestuário, Artur de Almeida, não acredita na extinção da profissão, que alimenta as lojas de pronta entrega. “Se as lojas de pronta entrega estão sobrevivendo significa que a profissão também deve estar”, afirmou.
Artur de Almeida disse ainda, que embora com muitas opções de compras, inclusive online, nada supera as relações humanas. Ele acredita que as sacoleiras levam vantagem pela praticidade que oferecem aos clientes, já que muitas vezes já conhecem seu perfil e estilo, podendo escolher produtos específicos para cada comprador.

Sistema porta a porta ainda é eficiente

Para o consultor de varejo do Sebrae, Fábio Jorge, o sistema de vendas porta a porta funciona bem, e muitas empresas de pequeno porte estão buscando vendedoras para isso. Ele citou ainda o exemplo da Natura, uma empresa de cosméticos de grande porte, que não possui lojas físicas e consegue espalhar seus produtos por todo o país através de revendedoras.
Fábio Jorge acredita ainda que as sacoleiras atingem um público diferente. “É outro nicho de público, pessoas que estão acostumadas a comprar de prestamista”, disse referindo-se ao hábito que esses comerciantes têm de parcelar as compras, ainda que de maneira informal.
O comércio varejista de vestuário e acessórios registrou forte crescimento nos últimos anos. No setor de vestuário, os pequenos vendedores costumam se formalizar como Microempreendedores Individuais (MEI) para facilitar a compra e venda de produtos
Como MEI, os empresários são incluídos desde proprietários de pequenas lojas até pessoas que comercializam roupas em casa, ou que vão de porta em porta até o cliente, as chamadas sacoleiras. Vendedores informais não estão incluídos no levantamento, já que o cadastro de MEI exige formalização. “São comerciantes que possuem CNPJ”, esclareceu o consultor do Sebrae-PB, Martinho Montenegro.

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Jornal da Paraíba

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