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ECONOMIA

São Bento produz 12 milhões de redes por ano e escoa produção com vendas online

Indústria emprega 80% da mão de obra da cidade e contribui para o índice de desemprego próximo de 0%.

Publicado em 13/05/2019 às 11:43 | Atualizado em 13/05/2019 às 18:03


                                        
                                            São Bento produz 12 milhões de redes por ano e escoa produção com vendas online
Redeiros de São Bento (Foto: Juliana Miranda/Correios)

O portal de entrada da cidade de São Bento, no alto sertão paraibano, já deixa claro qual é o negócio local: suspensa em vigas de concreto, uma rede de dormir de 8 metros de comprimento avança até a metade da rodovia, saudando os visitantes.  Para que não reste dúvida, a frase “a capital mundial das redes” foi pintada logo abaixo.

Não é um título oficial, mas, com 12 milhões de redes produzidas e comercializadas por ano, a cidade é certamente uma das maiores produtoras de redes do Brasil. Junto à produção de mantas, produtos têxteis e insumos de rede, a indústria é responsável por 80% da mão de obra disponível da cidade, contribuindo para que o índice de desemprego local seja próximo de 0%.

A relação de São Bento com as redes começou antes mesmo da emancipação da cidade, em 1959. As famílias estabelecidas na região já trabalhavam com fabricação de redes em teares manuais, e vendiam a produção como ambulantes. A profissão foi passada de geração em geração, e, com o surgimento da Internet e das vendas on-line, o comércio cresceu.

Redeiro do século 21

“Eu sou filho de redeiro. Meu pai, Seu Geraldo, foi redeiro durante muitos anos, viajou o Brasil inteiro, até o Paraguai, vendendo redes de forma ambulante, colocava uma rede no ombro e vendia de casa em casa, vendia nas praias”, conta Francisco Nadjan Vieira, dono de uma das maiores empresas de redes de São Bento. Seu Geraldo, porém, não queria que o filho virasse vendedor ambulante, pelos perigos da profissão. O e-commerce foi a solução. “Abri um site, era a oportunidade que eu tinha de ser igual a meu pai, só que em casa, de frente para o computador”, explica o empresário.

O surgimento das vendas on-line permitiu a entrada de Nadjan no mercado e representou um crescimento exponencial dos negócios de rede na cidade de São Bento. Ao invés de vender de porta em porta, os comerciantes ganharam, instantaneamente, alcance mundial de seus produtos. “Inicialmente, recebíamos um pedido por semana. Hoje, são 200 pedidos”, compara.

Volume de postagem de cidade grande

A cidade de São Bento, porém, não tem terminal rodoviário, muito menos aeroporto. A produção de redes, por isso, é escoada quase que exclusivamente pelos Correios. Segundo a empresa estatal a agência de São Bento é a terceira mais movimentada da Paraíba. Em volume de postagem, a cidade só perde para João Pessoa e Campina Grande.

“Se não fossem os Correios, a gente não tinha como trabalhar com vendas on-line”, afirma Gilberto dos Santos Vieira, também empresário do ramo de redes em São Bento. Para Nadjan Vieira, o suporte oferecido pela empresa ajudou seu negócio a crescer.

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Aline Oliveira

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