icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

Seca deixa milho com preço até 50% mais alto

Alta no preço do milho se deve, principalmente, ao forte período de seca vivenciado na região Nordeste este ano.

Publicado em 31/05/2013 às 8:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 18:08

Na mesa junina de todo nordestino não pode faltar milho. Assado, cozinhado, como ingrediente de pamonha, canjica e outras delícias da culinária típica desta época do ano, o milho está presente e garante um sabor todo especial aos pratos feitos para comemorar o São João. Mas, este ano, quem for comprar o produto vai sentir certo incômodo no bolso. Isso, porque o milho nas feiras e supermercados está, em alguns casos, até 50% mais caro do que no ano passado.

A alta no preço do milho se deve, principalmente, ao forte período de seca vivenciado na região Nordeste este ano. A dificuldade para garantir a safra fez com que os produtores tivessem altos custos e, consequentemente, estão tendo que repassar pelo menos parte dessas despesas para o consumidor. Na Feira Central de Campina Grande já é possível encontrar milho à venda e constatar o valor do alimento em alta.

Uma “mão” de milho, que é a soma de 50 espigas, está custando a partir de R$ 30. No ano passado, era possível comprar a mesma quantidade de espigas a partir de R$ 20. O aumento no preço também é justificado pela alta do valor de combustível, registrada em fevereiro deste ano, uma vez que o milho comercializado em Campina é comprado de agricultores de Lagoa Seca, Massaranduba e Alagoa Nova e, para chegar até o mercado central da Rainha da Borborema, é trazido em transporte fretado, que também ajustou o valor do frete devido ao valor mais caro do combustível.

A esperança dos comerciantes de milho para não ter grandes prejuízos é que, quando for iniciada a festa junina, no Parque do Povo, as vendas registrem algum aumento, devido a presença de vendedores de milho cozinhado, em carrinhos que circulam tanto pelo cenário principal da festa bem como pela região central da cidade. “É o que a gente espera que aconteça, para que a gente possa, pelo menos, igualar as vendas do ano passado, quando chegamos a vender mais de 50 mil espigas de milho, durante os 30 dias de São João”, destacou o comerciante Mauro da Silva.

Assim como ele, outros comerciantes também esperam uma maior procura pelo milho nas próximas semanas. Às vésperas do início da grande festa nordestina, em média, cada comerciante de milho da Feira Central está atendendo, atualmente, em torno de 40 clientes por dia. Neste mesmo período do ano passado, cada comerciante verificava um volume de até 70 clientes comprando diariamente. Para os próximos dias, espera-se igualar a marca de atendimentos do São João anterior.

AMARGAM PREJUÍZOS
Com o preço mais alto do milho comercializado em Campina Grande, outros comerciantes também amargam prejuízo neste período junino: os produtores de comidas típicas, como pamonha e canjica, que precisam repassar o aumento do preço do milho para seu produto final. Bernadete Bonifácio, que no ano passado chegou a faturar, com esses produtos, o triplo do que costuma arrecadar em meses comuns, com a venda de bolos caseiros, diz que, este ano, não está muito otimista em relação às vendas de comidas típicas do período.

Segundo ela, o volume de pedidos, este ano, com relação a 2102, está cerca de 20% menor. Por causa disso, a frente de produção, que deveria estar funcionando a todo vapor, ainda não atingiu a sua capacidade máxima.

“A 15 dias de iniciar o São João no Parque do Povo deveríamos estar produzindo algo em torno de 100 quilos de canjica e 150 quilos de pamonha diariamente, mas, como os pedidos estão menores, tivemos que reduzir a produção, para não ficarmos com produto encalhado e velho”, afirmou.

O que está fazendo o consumidor procurar menos estes pratos é a alta dos preços. “Estávamos programados para fazer pedidos de até 80 pratinhos de canjica e, pelo menos, 120 unidades de pamonha por dia, mas como percebemos o reajuste nos preços decidimos diminuir os pedidos para 50 pratos de canjica e 90 pamonhas”, explicou a cozinheira Conceição dos Santos.

Para este São João, os preços cobrados pelos fabricantes de comidas típicas estão sendo, em média, de R$ 2,50 o pratinho pequeno de canjica e R$ 2,00 cada pamonha média. Em 2008, o valor aplicado era de R$ 2,00 e R$ 1,50, respectivamente.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp