Longe do Belo, Zezinho fala em retorno e afirma: “brigas internas só prejudicam”

Ele foi afastado por 540 dias, acusado pela Cartola de envolvimento em manipulação de jogos.

Alexandre Cavalcanti (à esq) e o presidente Zezinho Botafogo (à dir) têm acompanhado de perto a situação de Warley (Foto: Cisco Nobre / GloboEsporte.com)
Longe do Belo, Zezinho fala em retorno e afirma: “brigas internas só prejudicam”
Zezinho Botafogo (à dir) foi afastado na época em que presidia o Botafogo-PB. Foto: Cisco Nobre/GloboEsporte.com

Figura política que adotou o nome do clube de futebol como o seu próprio, Zezinho Botafogo aproveitou o retorno à cena política e também falou sobre a situação atual do Alvinegro da Estrela Vermelha. Recentemente, trocas de farpas através de aplicativos de mensagens expuseram o clima de animosidade entre o atual presidente Sérgio Meira e o ex-dirigente Breno Morais, este banido do esporte pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após a Operação Cartola.

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Afastado de qualquer atividade esportiva pelo período de 540 dias, por causa da Operação Cartola, Zezinho foi acusado de integrar uma suposta organização criminosa, que atuava na manipulação de resultados das partidas do Campeonato Paraibano de Futebol. Com a punição chegando ao fim neste primeiro semestre de 2020, o ex-dirigente disse está pronto para voltar à diretoria do Belo.

“Quando a minha punição acabar, estou pronto para voltar. Tenho grandes amigos na diretoria e tenho serviços prestados ao clube. Acredito que ainda posso fazer muito pelo Botafogo, como fiz a vida inteira”, finalizou.

Zezinho foi presidente do Belo e compôs uma diretoria junto com Meira e Breno. Para ele, a situação política do clube é algo que preocupa. Segundo o ex-dirigente (já que Zezinho também foi afastado do clube por causa da Operação Cartola), ele conversou com os dois e disse que nestas brigas internas, o único prejudicado é o clube.

“Estou preocupado desde o início dessa briga. Sentei com Sérgio [Meira] mais de uma vez, mostrando como poderíamos evitar isso. Também conversei com Breno, mesmo eu e ele estando afastados do clube e coloquei o meu ponto de vista. Fiz o que eu poderia fazer, mas uma medida mais enérgica hoje foge da minha competência”, disse.

Perguntado sobre sua posição política atual em relação ao Botafogo, Zezinho preferiu falar que “trabalha pela unidade”, mas por outro lado ressaltou a importância de Breno Morais nos bastidores das últimas gestões do clube.

“Só fui presidente porque eu tinha o apoio de uma pessoa como Breno. Do mesmo jeito que foi Novinho e tantos outros, até o próprio Nelson [Lira]. Eu trabalho pela unidade dentro do clube, tanto que você não vê nenhuma fala minha criticando alguém do Botafogo. Em 2006, eu fui expulso e proibido de entrar na Maravilha do Contorno e nem por isso abandonei o clube. Sou José Freire da Costa no registro, mas pergunte por esse nome para ver se alguém me conhece? Eu sou Zezinho Botafogo”, contou o ex-dirigente.