Paraibano Fábio Gouveia comenta evolução do surfe nos últimos anos: “hoje o esporte é outro”

Hoje com 53 anos, Fabinho tem boas lembranças do que fez. Venceu quatro etapas do ASP World Tour, que precedeu o atual Circuito Mundial: Pintangueiras-SP (1990), Biarritz, na França (1991), Oahu, no Havaí (1991) e Chiba, no Japão (1992). Antes dele, só dois brasileiros haviam conseguido superar os gringos vencendo uma etapa cada: Pepê Gomes, em 1976, e Daniel Friedmann, em 1977. O choque de gerações e os estilos diferentes sob as pranchas faz Fabinho relembrar as origens.

“A diferença dessa geração atual para a minha foi a própria evolução do esporte. A minha geração, quando começou, estava aprendendo a se profissionalizar. Já pegamos uma época melhor do que os nossos antecessores, na década de 1970 – o Daniel Friedmann, Pepê Lopes, Ricardo Bocão, Rico, Picuruta Salazar…”, disse Fábio.

“Hoje o esporte é outro, virou até olímpico. Teve a evolução física, técnica… As pranchas evoluíram. O surfe evoluiu. As manobras aéreas entraram no cardápio. Antes víamos o surfe nas ondas, hoje é acima delas. E isso acabou favorecendo muito ao Brasil”, completou.

Morando atualmente em Florianópolis e ostentando um bigode de estilo, Fabinho acompanhou de longe as duas baterias entre Filipe Toledo e Ítalo Ferreira, que acabaram apontando o paulista como novo campeão mundial – o sexto título brasileiro nas últimas oito temporadas do surfe. E elogiou o nível técnico do Circuito.

“Conquistamos mais um título mundial numa final eletrizante entre o Ítalo e o Filipe. Foi sensacional. O Ítalo correu atrás e valorizou ainda mais a conquista do Filipinho. Agora são seis títulos, somos hexa! Essa conquista veio para dar ainda mais gás ao Brazilian Storm – comentou Fabinho, se referindo à “Tempestade Brasileira” que assombra o mundo do surfe”, finalizou.