Ao menos sete aves silvestres foram encontradas mortas nessa terça-feira (23) no litoral da Paraíba, sendo que quatro delas estavam em praias de Cabedelo e três em Conde. Uma oitava ave foi encontrada em Cabedelo, mas ainda viva. As autoridades veterinárias agora investigam se o caso tem ligação com aves contaminadas por gripe aviária encontradas nos estados de Rio de Janeiro e Espírito Santo.
De acordo com Leandro Silvestre, chefe da divisão de fauna da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) do Governo da Paraíba, existe uma diretriz do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que obriga a notificação sobre qualquer mortalidade súbita de aves migratórias. E que isso faz parte de um protocolo preventivo, mas que nada foi confirmado oficialmente ainda.
“Não existem ainda casos confirmados de gripe aviária na Paraíba”, explicou.
De toda forma, o Centro de Triagem de Animais Silvestres da Sudema comunicou o Serviço Veterinário Oficial do Governo Federal sobre a questão e é esse o órgão responsável por fazer o acompanhamento e o diagnóstico de cada caso.
Leandro destaca também que a questão da gripe aviária é “um problema recorrente no Hemisfério Norte”. E, como se trata de aves migratórias, elas podem contaminar animais silvestres do Hemisfério Sul durante essas migrações.
O técnico da Sudema explicou inclusive que a contaminação de humanos por aves é rara, mas que ainda assim pode acontecer. Então, como medida preventiva, é aconselhado que ninguém toque nem se aproxime das aves mortas e informe as autoridades veterinárias locais.
Muito mais frequente e rápida é a contaminação entre aves. Algo que, em certa medida, já acontece de forma sazonal entre aves silvestres. Mas que as autoridades monitoram para evitar que essas aves silvestres tenham contato com os criadores de aves.
“É preciso monitorar para evitar a contaminação de animais da produção comercial”, finalizou Leandro.
