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MEIO AMBIENTE

Bióloga alerta para riscos de caravelas em praias da Paraíba no verão

Especialista alerta que apesar de caravelas não atacarem propositadamente os seres humanos nas praias, podem soltar toxinas que queimam a pele.

Publicado em 15/01/2023 às 9:53


                                        
                                            Bióloga alerta para riscos de caravelas em praias da Paraíba no verão
Caravelas-portuguesas podem ser perigo para banhistas - Foto: Reprodução/Marília Diogo - Unsplash

Janeiro é um dos períodos de férias para muitas pessoas, por isso locais como as praias costumam ser mais movimentados nesta época do ano. No entanto, este também é o período no qual as caravelas-portuguesas - ou apenas caravelas - têm maior incidência nas águas e, apesar de não serem animais que atacam os seres humanos deliberadamente, podem liberar toxinas que causam queimaduras para os banhistas nas praias. 

Diante disso, o JORNAL DA PARAÍBA falou com a bióloga marinha Karina Massei, presidente do Instituto ambiental InPact, que esclareceu como é o funcionamento das caravelas e os perigos e formas de se prevenir contra problemas que podem ser causados por elas. 

“É um animal peculiar, pois trata-se de uma colônia de organismos geneticamente diferentes e altamente especializados que aparentam ser uma única criatura, porque estão todos conectados. Flutuam em mares tropicais e subtropicais, nas águas do Índico, Pacífico e do Atlântico. Vivem ao sabor das correntes marinhas, das ondas e dos ventos com seus longos tentáculos distendidos na intenção de capturar pequenos peixes dos quais se alimenta”, explica. 

A bióloga também fala que as caravelas podem ser confundidas nas praias com outro animal da mesma família que, inclusive, também pode causar queimaduras, as águas-vivas. “São confundidas com águas-vivas, porém não são águas-vivas. A água-viva é transparente, difícil de enxergar na água, passando frequentemente despercebida. Já as caravelas apresentam essa bolsa de ar que flutua acima da linha da água, sendo bem mais fácil de ser observada”, conta.

Mesmo com mais facilidade de visualização do animal por parte dos banhistas na água, a especialista diz que os tentáculos do animal são o maior motivo pelo qual as pessoas costumam se ferir. “Muitas vezes a pessoa é surpreendida com os tentáculos compridos que apresentam embaixo da superfície da água, podendo ter uma extensão de até 20 metros. É isso que causa as queimaduras”. 

Em relação às queimaduras, Karina Massei elucidou como isso acontece quando o ser humano entra em contato com o animal dentro da água.

“Elas não atacam os humanos, porém, se você entrar em contato com um de seus tentáculos enquanto nada, ou até mesmo caminhando na praia, normalmente as queimaduras podem causar vermelhidão, coceira ou até mesmo dor como se fosse uma queimadura profunda. Isto porque, em casos raros, podem levar à morte. Mesmo depois da caravela parecer estar morta, na praia, ela ainda pode causar queimaduras”, explica. 


				
					Bióloga alerta para riscos de caravelas em praias da Paraíba no verão
Caravelas são encontradas nas faixas de areia das praias em João Pessoa - Foto: Reprodução/TV Cabo Branco. Caravelas são encontradas nas faixas de areia das praias em João Pessoa - Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Nesses casos, a bióloga recomenda o que se deve fazer para mitigar os efeitos da queimadura e o passo a passo no qual a vítima deve seguir ao se encontrar em uma situação como essas:

  • a vítima deve utilizar alguma roupa ou material que a proteja para retirar o animal de seu corpo e evitar que a toxina se espalhe;
  • os postos de guarda-vidas e bombeiros estão munidos de ácido acético, o vinagre, para essas situações;
  • não se deve jamais passar água doce, manteiga, urina, coca-cola;
  • o vinagre é a substância que ajuda a eliminar a toxina da caravela na região queimada.

Em queimaduras mais graves, Karina recomenda que um médico seja acionado pela vítima para proceder com os socorros. “Se os sintomas durarem mais de 8 horas, é preciso até mesmo procurar atendimento médico. Pois alguns sintomas podem evoluir para queimaduras de até terceiro grau, calafrios, febre, náusea, vômito, necrose da pele e choque anafilático”. 

Por fim, a bióloga também trouxe à tona um importante aspecto, que as caravelas não são as vilãs da história e desempenham um papel fundamental no ecossistema e na natureza e não podem ser demonizadas ou até mesmo vítimas de ataques por parte da população. “São de extrema importância para o ecossistema marinho, servindo de alimento para as tartarugas-marinhas, que são imunes à sua toxina, assim como fazem parte da dieta do Dragão-azul (Glaucus atlanticus) que não só é imune à sua toxina, como é capaz de armazená-la e utilizar a seu favor”, explica. 

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Jornal da Paraíba

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