Morte de Amy Winehouse segue ‘inexplicada’, segundo polícia inglesa

Jornal “The Sun” estampa na capa desta segunda-feira (25) que não foi encontrado nenhum vestígio de droga no apartamento da cantora.

Do G1

Luto na música pop: a morte prematura da cantora britânica Amy Winehouse chocou os fãs em todo mundo. Amy não se destacou só pelas canções, mas pelo envolvimento com drogas, álcool e escândalos.

A polícia ainda não divulgou o resultado dos exames no corpo da cantora. Na Inglaterra, esse tipo de caso é tratado com grande cautela. A autópsia é um exame feito de forma muito detalhada e meticulosa para não haver dúvida. Tanto que os funerais costumam acontecer depois de vários dias, semanas até, de modo que dê tempo para a investigação ser concluída. Por isso, a polícia ainda não revelou a causa da morte e continua tratando como “inexplicada”.

Os tabloides sensacionalistas afirmam, baseados em supostas fontes, que a cantora morreu de overdose. Dizem que Amy teria misturado ecstasy com álcool. Mas nesta segunda-feira (25) o jornal “The Sun” estampa na capa que não foi encontrado nenhum vestígio de droga no apartamento dela. Se bem que o mesmo jornal afirma que Amy já estava morta há seis horas quando a polícia foi chamada por um segurança da cantora. Ou seja, o tabloide insinua que as circunstâncias na casa podem ter sido alteradas.

Os jornais também revelam que a cantora teria recebido a visita do médico dela em casa 24 horas de ser encontrada morta e que o médico atestou que ela estava bem. O fato é que Amy tinha uma vida conturbada, polêmica e regada a álcool e outras drogas. Um comportamento que comprometia a imagem e a carreira dela e que pode ter sido responsável por sua morte, que tanto entristeceu os fãs.

Diante da casa número 30 da Camden Square, no bairro de Camden Town, norte de Londres, fãs e amigos da cantora fazem uma vigília e prestam homenagens com buquês de flores, velas, instrumentos musicais e até garrafas de bebida. São pequenas demonstrações de carinho de quem já sente uma grande saudade. Saudade que inunda o bairro que ela adotou na adolescência e que é do jeitinho dela.

Um paraíso cool, como se diz no local. Ou seja, “da moda”. Tudo pra lá de alternativo, a começar pelos vários estúdios de tatuagem e também as lojas de piercings. Amy adorava colorir e perfurar o corpo.

As fachadas das lojas são uma atração à parte, com obras de arte para atrair clientes exóticos. Em Camden Town, Amy era Amy. Frequentava os pubs, os tradicionais bares britânicos e até dava canjas de vez em quando. Subia ao palco e se misturava com músicos anônimos.

Mas nem tudo era alegria na vida de Amy. Perseguida pelos fotógrafos dos tabloides sensacionalistas, ela chegou a ser flagrada consumindo crack em 2008. Era o fundo do poço.

No começo deste ano, disposta a mudar de vida, Amy se mudou para uma casa na Camden Square, um lugar nobre, mas ainda dentro de Camden Town. No bairro, Amy Winehouse estará sempre viva.

Os três principais jornais de Londres – “The Independent”, “Times” e “The Guardian” –trazem nesta segunda-feira (25) editoriais e artigos assinados por especialistas chamando a atenção dos jovens para evitar esse caminho geralmente sem volta.