Senado aprova voto de repúdio a agressões de DJ Ivis contra ex-esposa

Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA

Senado aprova voto de repúdio a agressões de DJ Ivis contra ex-esposa
Foto: reprodução/TV Cabo Branco

As duas senadores paraibanas subscreveram um voto de repúdio às agressões de Iverson de Souza Araújo, mais conhecido como DJ Ivis, contra a ex-esposa, Pamella Holanda, aprovado nesta terça-feira (13), no Senado Federal. O caso ganhou repercussão após, no último domingo (11), Pamella divulgar nas redes sociais diversos vídeos em que é possível ver o DJ a agredindo com chutes, socos e empurrões.

Para a senadora Nilda Gondim (MDB), a violência praticada pelo DJ precisa ser repudiada pela sociedade. “O que vimos foi um desrespeito, uma agressão infundada, intolerável, insuportável. A gente tem que se afirmar e tomar as providências para que essa violência não aconteça”, ressaltou.

Daniella Ribeiro (Progressista) já havia se posicionado ontem, classificando as imagens como repugnantes e cobrando por justiça. “Imagens repugnantes e mais uma tentativa de culpar a vítima. Estamos avançando com as Leis. É urgente a ação do Estado para efetivá-las e encorajar as milhões de vítimas do nosso país”, comentou.

O senador Veneziano (MDB), que fecha o trio da bancada paraibana no senado, disse que votou pela aprovação do requerimento contra mais um ato inaceitável de violência contra a mulher.

Requerimento

O requerimento foi apresentado pelo senador Fabiano Contarato (REDE/ES), que descreveu as imagens divulgadas como “cenas estarrecedoras”. “Infelizmente, como é do conhecimento de todas e de todos, casos como esse ocorrem diariamente no Brasil. É por esse motivo que devemos reiteradamente discutir o tema da violência contra a mulher e tomar todas as medidas para coibir tal prática e punir, com severidade, os agressores”, destacou o senador no requerimento.

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2019, foram registrados 266.310 casos de lesões corporais dolosas, praticadas em contexto doméstico. Tal número corresponde a uma agressão física a cada dois minutos. No primeiro semestre de 2020, já havia 110.791 registros do mesmo crime contra vítimas do sexo feminino.

Fabiano Contarato enfatizou que esses números são apenas a ponta do iceberg. “Casos de subnotificação são comuns, e tal situação foi agravada com as medidas sanitárias necessárias ao combate do novo coronavírus”, concluiu.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, garantiu que a Casa cuidará, por meio de proposições legislativas, “de melhorar o arcabouço jurídico para coibir de maneira muito efetiva esta covardia que é a violência contra a mulher”.

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