A audiência de instrução do réu Johannes Dudeck, acusado de assassinar a namorada Mariana Thomaz, terminou nesta sexta-feira (20) sem definição sobre se haver um júri popular para o caso. Tanto o Ministério Público da Paraíba (MPPB) como o advogado de defesa solicitaram novos trâmites e a decisão, assim, acabou sendo adiada.
Pelo lado do MPPB, a promotora Artemise Leal Silva lembrou que o réu está preso em cela especial, por supostamente possuir curso superior, sem no entanto ter apresentado nenhuma prova de que é formado. Ela pediu então que a justiça entre em contato com a instituição de ensino superior que o réu alega ser formado em administração. E, caso não haja provas de sua coleação de grau, que ele seja transferido para uma cela simples.
Sobre a questão, a juíza do caso, Francilucy Rejane de Sousa Mota, acatou o pedido e intimou a defesa a apresentar em no máximo cinco dias o diploma de curso superior do acusado, ponderado que isso não tem relação direta com o caso, mas que aborda o “direito subjetivo do réu de ter prisão especial”.
Pelo lado da defesa, o advogado Stelio Timotheo solicitou diligência para realização de exames complementares em todos os laudos já realizados. A juíza ainda não decidiu se vai acatar o pedido.
No fim das contas, o MPPB pediu a procedência da denúncia, e que ele vá a júri popular, requerendo também a manutenção da prisão preventiva. Já a defesa, alegando que a morte aconteceu de forma acidental após a prática do “sexo não convencional”, requereu a incompetência do júri e a rejeição da denúncia.
A defesa pediu ainda a realização de uma nova audiência, mas isso não é obrigatório acontecer. A juíza pode acatar o pedido, mas pode também tomar alguma decisão independente de uma nova sessão.