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COTIDIANO

Caso Mariana Thomaz: audiência de instrução termina sem definição sobre júri popular

MPPB cobra documento que prove curso superior do acusado, sob pena de ser transferido para cela simples. Defesa quer liberdade imediata para o réu.

Publicado em 20/05/2022 às 18:54


                                        
                                            Caso Mariana Thomaz: audiência de instrução termina sem definição sobre júri popular
Audiência de instrução de Johannes Dudeck

A audiência de instrução do réu Johannes Dudeck, acusado de assassinar a namorada Mariana Thomaz, terminou nesta sexta-feira (20) sem definição sobre se haver um júri popular para o caso. Tanto o Ministério Público da Paraíba (MPPB) como o advogado de defesa solicitaram novos trâmites e a decisão, assim, acabou sendo adiada.

Pelo lado do MPPB, a promotora Artemise Leal Silva lembrou que o réu está preso em cela especial, por supostamente possuir curso superior, sem no entanto ter apresentado nenhuma prova de que é formado. Ela pediu então que a justiça entre em contato com a instituição de ensino superior que o réu alega ser formado em administração. E, caso não haja provas de sua coleação de grau, que ele seja transferido para uma cela simples.

Sobre a questão, a juíza do caso, Francilucy Rejane de Sousa Mota, acatou o pedido e intimou a defesa a apresentar em no máximo cinco dias o diploma de curso superior do acusado, ponderado que isso não tem relação direta com o caso, mas que aborda o "direito subjetivo do réu de ter prisão especial".

Pelo lado da defesa, o advogado Stelio Timotheo solicitou diligência para realização de exames complementares em todos os laudos já realizados. A juíza ainda não decidiu se vai acatar o pedido.

No fim das contas, o MPPB pediu a procedência da denúncia, e que ele vá a júri popular, requerendo também a manutenção da prisão preventiva. Já a defesa, alegando que a morte aconteceu de forma acidental após a prática do "sexo não convencional", requereu a incompetência do júri e a rejeição da denúncia.

A defesa pediu ainda a realização de uma nova audiência, mas isso não é obrigatório acontecer. A juíza pode acatar o pedido, mas pode também tomar alguma decisão independente de uma nova sessão.

Imagem

Jornal da Paraíba

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