Polícia Civil fecha cassino de luxo na capital

Operação terminou na prisão de quatro suspeitos e na apreensão de 50 máquinas utilizadas nos jogos ilegais.

Cerca de R$ 3 milhões por mês. Esse é o montante estimado pela polícia e que poderia estar sendo gerado pela movimentação financeira de um cassino de luxo, desbaratado ontem à tarde no bairro do Altiplano, em João Pessoa.

A operação ‘Minas de Prata’ terminou na prisão de quatro pessoas acusadas de envolvimento com o esquema e na apreensão de 50 máquinas utilizadas nos jogos ilegais.

Segundo a polícia, o local foi monitorado durante 30 dias por agentes disfarçados, que constataram um grande fluxo de jogadores e adeptos da atividade. O material apreendido, conforme o gerente executivo da Polícia Civil da capital, delegado Wagner Dorta, está avaliado em aproximadamente R$ 500 mil e deverá ser encaminhado para a Justiça.

Na casa de luxo, segundo ele, também foram encontrados vários carros de alto valor, como Hondas Civics, Corollas e Pajeros.

Os veículos, porém, não chegaram a ser apreendidos e os proprietários dos automóveis foram liberados, já que a lei não pune com prisão os jogadores da atividade. “Esse local, sem dúvida alguma, era usado por usuários de grande capacidade financeira. Era uma verdadeira mansão que nós vínhamos acompanhando em um trabalho de inteligência, e que hoje decidimos fazer essa operação para que essa prática ilegal deixasse de acontecer naquele local”, explicou Wagner Dorta, acrescentando que o objetivo agora é encontrar o dono da casa e das máquinas utilizadas para a prática de jogos de azar.

A atividade é considerada contravenção penal pela lei 3.688. A legislação prevê uma pena de três meses a um ano de detenção, para quem “Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele”.

No caso dos jogadores, eles são apenas obrigados a assinar Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs).