Caso Mariana Thomaz: pedido de exumação do corpo da vítima é negado

Defesa do suspeito Johannes Dudeck queria que mais exames fossem feitos, mas Justiça indeferiu solicitação.

Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

A Justiça da Paraíba negou, nesta quinta-feira (17), o pedido da defesa de Johannes Dudeck para exumação do corpo da estudante de medicina Mariana Thomaz, morta no sábado (12). O empresário está preso por suspeita de feminicídio desde então.

A decisão desta quinta (17), do juíz Marcos William de Oliveira, alega que é dada prioridade, em caso de violência contra mulher, ao exame de corpo de delito. Desse modo, não haveria necessidade de realizar novos exames antes que este seja divulgado e as análises sejam conclusivas.

O pedido de liberdade provisória de Johannes já tinha sido negado, e a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.

Outro ponto trazido é que, conforme divulgação midiática, o corpo de Mariana Thomaz já foi sepultado no estado do Ceará. A defesa de Johannes Dudeck informou que não vai se manifestar sobre a decisão.

Entenda o caso

O corpo da estudante Mariana Thomaz de Oliveira, de 25 anos, foi encontrado neste sábado (12), em um apartamento na orla do Cabo Branco, em João Pessoa. A polícia chegou ao local após ter recebido uma ligação do namorado da jovem, Johannes Dudeck, afirmando que ela havia convulsionado. Ao observarem o corpo dela, já sem vida, os policiais identificaram sinais de esganadura, que foram confirmados após exames, e o namorado foi preso preventivamente como único suspeito do crime.

Mariana Thomaz era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina. O corpo da estudante foi sepultado em Lavras da Mangabeira, no Ceará, no último domingo (13).

O laudo cadavérico de Mariana Thomaz apresenta indícios de relação sexual. De acordo com o delegado do caso, Joames Eugenio, o documento atesta lesões causadas por uma atividade sexual intensa, com traços de violência. Segundo o delegado, em entrevista ao JPB 1, o resultado contradiz o depoimento de Johannes Dudeck, que negou a presença de penetração peniana no dia do caso. Apesar disso, a investigação ainda não caminhou o suficiente para que um eventual estupro seja confirmado, e essa possibilidade é investigada.

A polícia segue, agora, uma análise que possa concluir se houve ou não consentimento por parte da estudante. O delegado alega que será necessário um conjunto de averiguações, como coleta de depoimentos de equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atendeu a vítima, além dos primeiros policiais que chegaram ao local.