Phelipe Caldas
O secretário de Saúde do Governo da Paraíba, José Maria de França, realizou uma entrevista coletiva de emergência nesta quarta-feira (24) para dar detalhes sobre a confirmação dos dois primeiros casos de influenza A (mais conhecida como gripe suína) na Paraíba. O secretário mostrou preocupação, ponderou que a doença tem cura, mas alertou: “O vírus (H1N1) chegou a Paraíba e está circulando entre nós. Precisamos ficar alertas”.
Trata-se de dois homens que na semana passada retornaram da Argentina e que na chegada apresentaram problemas respiratórios. Os nomes dos pacientes não foram informados, mas sabe-se que eles estão sendo mantidos em isolamento domiciliar.
O setor de saúde do Governo da Paraíba está monitorando os dois pacientes e suas respectivas famílias também estão sendo mantidas em isolamento, para tentar evitar que o vírus se dissemine no Estado. A esposa de um deles, inclusive, vem apresentando febre alta e coriza, mas até agora não se pode dizer se ela está apenas com uma gripe normal ou se é o terceiro caso de gripe suína da Paraíba.
Entre as precauções que a população paraibana deve tomar, José Maria diz que é importante evitar viagens para as áreas de risco (como Estados Unidos, México e Argentina), e diante de qualquer suspeita procurar imediatamente o hospital. No caso específico da Grande João Pessoa, o Hospital Universitário Lauro Wanderley é o único de referência para o tratamento deste tipo de problema.
O Governo tinha notificado o Ministério da Saúde sobre os dois novos casos suspeitos da doença no dia 22 deste mês e a confirmação oficial de que eles eram positivos só aconteceu na manhã desta quarta, após exames que foram realizados no Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Pará. Ao todo a Paraíba teve sete casos suspeitos da doença, mas estes são os dois primeiros a serem confirmados.
O primeiro caso é de um técnico em telecomunicação, de 27 anos, morador de Cabedelo, que chegou da Argentina no dia 18 e foi atendido no dia seguinte no Hospital Universitário Lauro Wanderley, apresentando tosse, calafrios, febre, dor na garganta e na cabeça.
O segundo paciente é um administrador de empresas de 32 anos, que mora em João Pessoa. Ele chegou da Argentina no dia 17, começou a sentir os sintomas no dia seguinte e foi atendido no HU no dia 20, com sintomas semelhantes aos do primeiro.
Na sexta-feira (26), em horário ainda não definido, os secretários de Saúde e suas respectivas equipes técnicas dos municípios que integram a região metropolitana de João Pessoa (composta pela Capital e por Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Conde e Alhandra) se reúnem para estudar o aumento de leitos para atender a doença.
Atualmente João Pessoa só possui três leitos no HU e a preocupação é pelo risco de que mais casos sejam confirmados no futuro.
