Correios fazem mutirão para entregar cartas

Setor de contingências dos Correios, programou mutirão para colocar em dia entrega de cartas no Estado, que já acumula 40 mil correspondências.

A greve nacional dos Correios que começou na última quarta-feira tem gerado um acumulado de cerca de 40 mil correspondências na Paraíba que ainda não chegaram a seus respectivos destinatários. O levantamento é do setor de contingências dos Correios no Estado, que programou para hoje e amanhã, das 8h às 14h30, um mutirão para colocar em dia a entrega de objetos acumulados por conta do movimento grevista.

De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios no Estado, por mês são entregues 350 mil correspondências nos domicílios paraibanos, o que dá uma média de quase de 14 mil por dia. Com a greve a gerência aponta que 75% das entregas têm sido realizadas, mas que será necessário a realização desses mutirões para que não haja um acúmulo demasiado de cartas, uma vez que a paralisação das atividades está concentrada entre os carteiros.

O setor de contingência dos Correios ainda apontou que dos 1.630 funcionários da empresa, apenas 178 cruzaram os braços, o que aponta que quase 90% dos trabalhadores continuam exercendo suas funções. Para a realização desses mutirões nos finais de semana enquanto durar as greve, alguns trabalhadores entre os concursados que não aderiram ao movimento e os contratados serão alocados para as cidades onde há maior acúmulo de cartas a serem entregues.

De acordo com o representante do Sindicato dos Carteiros, Ivanildo Santos, a empresa deverá utilizar apenas os trabalhadores terceirizados para os mutirões, uma vez que a adesão dos servidores concursados é significativa, ao contrário do que informou a empresa. Segundo ele afirmou, somente em Campina Grande mais de 100 carteiros cruzaram os braços, o que representa mais de 50% do quadro, e que, aliada à adesão das outras cidades, certamente irá superar o contingente que a empresa diz que está em greve.

”Isso é um contra-censo. Como é que a empresa diz que somente 10% está em greve e mesmo assim precisa realizar um mutirão para colocar as correspondências em dia? A paralisação é significativa, tanto que a maioria dos servidores que está trabalhando se refere aos terceirizados”, explicou o sindicalista.