Passeata pede o fim da violência contra a mulher em Queimadas

Cidade tem sido cenário recorrente de crimes que têm mulheres como vítimas. Manifestação reuniu cerca de 200 pessoas.

Cenário de episódios recentes de violência contra a mulher, a cidade de Queimadas, no Agreste da Paraíba, se uniu na manhã desta quarta-feira (18) para pedir paz. Uma caminhada cobrando o fim das agressões e assassinatos de mulheres reuniu cerca de 200 pessoas no Centro do município.

A caminhada saiu da Praça do Povo por volta das 9h e passou pelas principais ruas da cidade. "Temos que alertar para que a população de Queimadas e região, seja vigilante para familiares e conhecidos que sofrem de violência. A violência que falamos não é apenas a sexual, mas a violência física e psicológica", afirmou a coordenadora do Centro Estadual de Referência da Mulher de Campina Grande, Izania Monteiro.

Izania é irmã de Isabela Monteiro, uma das vítimas do crime mais chocante ocorrido na cidade. Ela e outros quatro mulheres foram estupradas após um assalto forjado em uma festa de aniversário, no caso que ficou conhecido como ‘barbárie de Queimadas’. Isabela e Michele Domingos acabaram mortas depois que descobriram a identidade dos criminosos.

A primeira dama de Queimadas, Débora Maciel, participou da passeata desta quarta e no final relembrou alguns casos. “Temos que lutar para que as mulheres vítimas de violência possam ter a coragem de denunciar, pois muitas ainda sofrem caladas", afirmou.

Apenas este mês, dois casos de violência contra a mulher foram registrados em Queimadas. No dia 3 uma mulher de 39 anos foi morta e a filha dela foi esfaqueada dentro da casa em que moravam. O principal suspeito é o companheiro da vítima morta, que ainda está foragido. Quatro dias depois, um agricultor foi preso sob a acusação de estuprar uma adolescente de 14 anos.